Densidade populacional de hospedeiros e sua relação com prevalência e diversidade de parasitas causadores da malária aviária entre aves de sub-bosque na floresta amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Carolina Schuch de
Orientador(a): Ferraz, Gonçalo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11989
http://lattes.cnpq.br/8404792678647080
Resumo: Este trabalho testou duas predições de correlação positiva entre densidade populacional de aves e duas métricas de infecção para malária aviária: prevalência e número de linhagens de parasitas. A prevalência mensura a proporção de indivíduos infectados na população de hospedeiros, enquanto o número de linhagens mensura a diversidade de parasitas. Para tal, nós estimamos a densidade populacional de doze espécies de aves de sub-bosque (sete Thamnophilidae e cinco Furnariidae) usando um modelo de marcação-recaptura espacialmente explícito, ajustado para dados de cinco meses de amostragem em uma floresta de terra firme próxima a Manaus (Amazonas, Brasil). Esta abordagem leva em consideração as movimentações dos indivíduos e a imperfeição do processo de amostragem, nos permitindo obter estimativas do número de indivíduos por unidade de área (densidade) com incertezas associadas, proporcionando uma visão mais acurada do sistema parasita-hospedeiro através da redução do viés amostral. Para estimar a prevalência e número de linhagens para cada espécie hospedeira, coletamos e analisamos amostras de sangue de indivíduos hospedeiros com ensaios de PCR (Polymerase Chain Reaction) e sequenciamento do DNA mitocondrial dos parasitas. Estas amostras são provenientes das mesmas aves capturadas para estimar a densidade de espécies. Nossos resultados não apoiaram as predições de relação positiva entre densidade do hospedeiro e as duas métricas de infecção. A ausência de relação entre abundância e prevalência reforça a ideia de que a transmissão indireta por vetores artrópodes evita que a raridade de hospedeiros e limita a prevalência. Por outro lado, a ausência de uma relação entre densidade e número de linhagens sugere que uma comunidade de parasitas em sua maioria generalistas é compartilhada com um amplo grupo de espécies.