Estrutura populacional de Podocnemis sextuberculata Cornalia, 1849 (Testudines: Podocnemididae) na Reserva Biológica do Rio Trombetas, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Perrone, Elis Lima
Orientador(a): Vogt, Richard Carl
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11253
http://lattes.cnpq.br/7741493001318455
Resumo: Podocnemis sextuberculata é uma das menores espécies do gênero Podocnemis, com distribuição no Brasil, Colômbia e Peru. No Brasil é abundante em rios de águas brancas e claras. Apesar de ser uma das espécies mais exploradas em algumas regiões da Amazônia brasileira, o conhecimento a respeito do estado de conservação de suas populações é limitado ou insuficiente. O objetivo desse estudo foi avaliar alguns parâmetros populacionais como abundancia relativa, estrutura de tamanho, razão sexual e proporção de indivíduos adultos em duas áreas dentro da Reserva Biológica (REBIO) do Rio Trombetas. No período de outubro de 2010 a novembro de 2011 foram realizadas pescarias experimentais, com utilização de redes de pesca do tipo trammel nets (100m x 1,50m) em duas áreas da reserva: A área I engloba o lago Jacaré e duas ressacas de praias. A área II abrange o lago Erepecu. Foram capturados 862 indivíduos (786 machos, 71 fêmeas e 5 animais com sexo não identificado), com 3,54% de indivíduos recapturados. A razão sexual dentro da Rebio do Rio Trombetas foi de 21,6♂: 1♀. A razão sexual foi desbalanceada a favor dos machos nas duas áreas estudadas e nas fases distintas do ciclo hidrológico. A média do índice de captura para todo o estudo foi de 0,11 indivíduos/hora, com 94,5% de indivíduos maduros e 5,45% de imaturos. O taxa de captura diferiu significativamente entre as áreas estudadas e o período do ciclo hidrológico. As maiores taxas de captura ocorreram durante a vazante enchente do rio Trombetas, possivelmente em razão do padrão de movimentação da espécie, com deslocamento para áreas de alimentação e reprodução nesses períodos. A influência do ciclo hidrológico nas taxas de captura indica que o monitoramento da espécie deve ser realizado preferencialmente durante os períodos de vazante e enchente.