Caracterização das respostas comportamentais, por meio de Descargas do Órgão Elétrico (DOEs), de duas linhagens de peixes elétricos do gênero Microsternarchus (Gymnotiformes) quando expostas a diferentes regimes de sinais interferentes
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11353 http://lattes.cnpq.br/5279716269937041 |
Resumo: | Gymnotiformes é uma ordem de peixes unicamente presentes na região neotropical, tendo o ápice de sua diversidade concentrado na região amazônica. A característica mais marcante deste grupo é a sua capacidade de gerar e perceber campos elétricos, sendo que, em conjunto, compõem o Sistema Eletrogênico e Eletrosensório. As descargas de Órgão Elétrico (DOE) são altamente precisas e coordenadas por um Núcleo Marca-passo (NM) presente na medula do peixe que, por sua vez, recebe informações para aumentar ou diminuir seu ritmo de outras duas regiões cerebrais. Em peixes elétricos, o comportamento de Jamming Avoidance Response (JAR) ocorre quando existe uma interferência entre as DOEs, levando os indivíduos envolvidos a se adaptar ao sinal interferente. Microsternarchus é um gênero da ordem Gymnotiformes, supostamente monotípico, classificado como peixe elétrico pulsador, apresentando pelo menos 4 linhagens e outras 8 sub-linhagens com elevadas diferenças moleculares. No presente trabalho foram realizados experimentos para se analisar e comparar o JAR e outras modulações da DOE entre duas linhagens de Microsternarchus. Não foram encontradas linhagens distintas entre os peixes experimentados, apenas sub-linhagens da linhagem C. Os resultados mostraram que as sub-linhagens se diferenciam em suas DOEs e mesmo em seus modelos de JARs. As principais diferenças entre as sub-linhagens foram vistas nas variáveis relacionadas às frequências, além de que machos apresentaram maior número de chirps e algumas fêmeas apresentaram interrupções abruptas em suas DOEs. Foram então relatados e descritos comportamentos de fase e de frequência para o JAR dos indivíduos experimentados, sendo estes comparados aos modelos experimentais realizados. Por fim, as modulações da DOE observadas foram relacionadas à neurofisiologia do controle do NM de outras espécies de Gymnotiformes. Concluiu-se, que: as linhagens, assim como o sexo, apresentam algumas diferenças mensuráveis em seus modelos de JARs; que o gênero estudado apresenta características em comum no JAR e nas suas modulações com outros gêneros da ordem Gymnotiformes; e que o gênero estudado compartilha, em parte, mecanismos de controle do NM com outros gêneros de peixes elétricos pulsadores e até mesmo onduladores. |