O efeito de poluentes urbanos nos padrões de descarga de Microsternarchus sp. (Gymnotiformes).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nunes Filho, Dalton Moreira
Orientador(a): Gomes, José Antônio Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11391
http://lattes.cnpq.br/0456914463560245
Resumo: A ordem Gymnotiformes abriga peixes endêmicos da região Neotropical, que dentre outras peculiaridades possuem a capacidade de gerar e detectar correntes elétricas através de um sistema que engloba células eletrogênicas e eletrorreceptoras, respectivamente. Através deste sistema estes peixes são capazes de se comunicar e se localizar em diversos tipos de ambientes, inclusive os que apresentam baixa luminosidade. Diversos estudos têm demonstrado que estes peixes tem um potencial de utilização como biomonitores ambientais, uma vez que os padrões de descarga do órgão elétrico se modificam dependendo da qualidade da água circundante. Este estudo teve como objetivo analisar o efeito da água poluída de um igarapé urbano de Manaus nos padrões de descarga de Microsternarchus sp. Foram realizados experimentos utilizando três concentrações de água poluída, além do tratamento controle. Os experimentos tiveram duração total de sete horas, divididas em duas horas de aclimatação, uma hora de pré-teste e quatro horas de exposição à água poluída. Os padrões de descarga foram monitorados em intervalos de 15 minutos, e cada gravação (observação) teve duração de cinco segundos. A análise dos parâmetros físico-químicos da água utilizada nos experimentos demonstrou que o igarapé estudado (Matrinxã) está severamente afetado pela poluição urbana. Os peixes apresentaram variações significativas e dose-dependentes na frequência de descarga, ao longo do período de exposição. O tratamento com nível mais alto de poluição provocou uma modificação detectável nos padrões da descarga do órgão elétrico (DOE) após duas horas e meia. O gênero Microsternarchus se mostrou um bom modelo para testes de biomonitoramento.