Filtros ambientais, similaridade limitante e diversidade funcional de peixes Gymnotiformes em dois rios Amazônicos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12009 http://lattes.cnpq.br/6030452892913655 |
Resumo: | A utilização de uma abordagem que combina atributos funcionais das espécies com modelos nulos auxilia no entendimento dos padrões de distribuição e dos mecanismos que potencialmente afetam a coocorrência de espécies. Tendo em vista que os processos ecológicos ou “regras de montagem" envolvidos na formação das assembleias devem ser dependentes da escala espacial, espera-se que tais mecanismos tenham diferentes efeitos em escalas locais ou regionais. Compreender essa relação entre os processos ecológicos e as escalas espaciais nas quais eles atuam é um desafio para os ecólogos. Nesse contexto, esse estudo avaliou a importância relativa de filtros ambientais e similaridade limitante como mecanismos estruturadores de assembleias de Gymnotiformes no canal de dois rios amazônicos com diferentes características limnológicas e em diferentes escalas espaciais. Através de coletas com arrastos bentônicos nos rios Madeira e Trombetas, obtivemos informações sobre a diversidade taxonômica dessas assembleias, além de mensurar variáveis ambientais em cada rio (temperatura, condutividade, profundidade, transparência, oxigênio dissolvido, turbidez e pH). Em seguida, todas as espécies foram caracterizadas funcionalmente por meio de análise ecomorfológica. Diferenças significativas na identidade funcional (i.e. Community weighted mean; CWM) entre as assembleias do rio Madeira e do Trombetas indicam que fatores ambientais provavelmente limitam a ocorrência de determinados atributos funcionais em escala regional. Por outro lado, ao contrastar padrões de diversidade funcional observada em escala local (i.e. dentro de cada uma das drenagens) com modelos nulos, nota-se que nenhum dos dois mecanismos de montagem é claramente predominante, embora tenha-se observado certa influência da similaridade limitante para as assembleias do rio Trombetas. Esses resultados sugerem que filtros ambientais devem ser mais importantes na distribuição de espécies de Gymnotiformes no canal de rios amazônicos, sobretudo em escalas espaciais maiores como em escala regional. Entretanto, também reforçam a importância da relação de dependência entre os processos ecológicos e a escala espacial. O presente estudo contribui para ampliar o conhecimento sobre os padrões de diversidade funcional e as regras de montagem de assembleias de peixes em um ambiente altamente desconhecido até então. |