Efeito da hipóxia periódica sobre o ganho de peso de alevinos de tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) (Serrasalmidae): ajustes fisiológicos

• Ano de defesa: 2001
• Autor(a) principal: Lamêgo, Anderson Paes da Silva
• Orientador(a): Almeida e Val, Vera Maria Fonseca
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11423; http://lattes.cnpq.br/0347433426908953

O crescimento é um processo complexo de interação entre o potencial genético dos organismos e as condições ambientais. Os peixes possuem altas taxas de crescimento, as quais estão associadas ao metabolismo aeróbico. Nas águas amazônicas é comum o fenômeno de hipóxia periódica. O presente trabalho investigou o efeito da hipóxia periódica sobre o crescimento dos alevinos de Colossoma macropomum (tambaqui) e atividade das enzimas glicolítcas (piruvato quinase, PK, lactato desidrogenase, LDH) e oxidativas (citrato sintase, CS, malato desidrogenase MDH, 3-hidroxiacil CoA desidrogenase, HOAD) durante 60 dias. Os resultados revelam que o ganho de peso nos alevinos submetidos à hipóxia periódica foi de 77% em relação ao crescimento dos alevinos em normóxia. Existiu uma redução significativa no consumo de alimento, embora não tenha ocorrido diferença na conversão alimentar, sugerindo que a redução no consumo de alimento pode representar um ajuste para minimizar o gasto energético associado ao processo digestivo. As enzimas glicolíticas aumentaram gradativamente, indicando um aumento potencial anaeróbico dos animais. Concomitantemente, houve uma redução do potencial aeróbico do músculo refletido na diminuição na demanda energética. Após 30 dias de exposição à hipóxia periódica, observou-se que houve uma tendência na qual a atividade de todas as enzimas voltou a se aproximar daquela dos indivíduos em condição de normóxia.