Utilização de microsternarchus bilineatus (ostariophysi, gymnotiformes, hypopomidae) como biomonitor: o efeito de combustíveis automotivos derivados do petróleo na descarga do órgão elétrico
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11283 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769109U7 |
Resumo: | Este estudo avaliou o efeito dos combustíveis automotivos (gasolina e óleo diesel) sobre a freqüência da Descarga do Órgão Elétrico (DOE) de Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiformes), com o intuito de testar a viabilidade desta espécie como biomonitora na detecção de poluentes derivados do petróleo. Dez indivíduos da espécie foram expostos a concentrações de 110 μL/L e 220μL/L para cada poluente testado. Estas concentrações correspondem, respectivamente, a 25% e 50% do Limite de Tolerância (LTm) para peixes em águas continentais. Cada experimento durou 9 horas, sendo que a primeira hora foi usada para a aclimatação dos indivíduos nos tanques experimentais. A partir da segunda hora iniciou-se as gravações das DOEs com 2 minutos de duração, em intervalos de 15 minutos. Da segunda até a quinta hora foi usada como período pré-contaminação e as DOEs desta fase foram comparadas com as gravações feitas após a adição do poluente. Após a liberação do poluente no tanque, as gravações se seguiram por mais 4 horas (período pós-contaminação). O sinal bioelétrico foi captado por meio de eletrodos colocados nos tanques, amplificado, e então monitorado e visualizado por meio de um osciloscópio digital em tempo-real. O sinal foi gravado com o auxílio um conversor analógico/digital (resolução de 16 bits) e analisado com o programa MATLAB. Análises estatísticas foram feitas em cima das freqüências das descargas entre os períodos pré e pós-contaminação. Mediante a constatação da heterogeneidade dos dados, realizou-se o Teste t - Student pareado (p<0,05), para valores pré- e pós-contaminação. Tanto a gasolina como o óleo diesel, nas concentrações testadas, provocaram alterações nas freqüências das DOEs de Microsternarchus. Nove dos dez indivíduos testados mudaram o ritmo de descarga para gasolina à concentração de 110 μL/L e sete à 220 μL/L. Para óleo diesel a 110 μL/L, nove de dez indivíduos mudaram a freqüência e, para 220 μL/L, nove dos dez indivíduos testados alteraram o padrão de descarga. Dos 34 indivíduos que tiveram suas DOEs alteradas, 85,30% mudaram suas freqüências na primeira hora de exposição aos contaminantes. Variações nos resultados podem estar ocorrendo devido à tolerância diferencial individual aos contaminantes, mas de qualquer forma, os resultados obtidos até o momento sugerem que Microsternarchus tem um ótimo potencial para ser utilizado como espécie biomonitora de ambientes aquáticos. O presente estudo também abre um leque de possibilidades para estudos futuros, onde se possa aprofundar as investigações iniciadas aqui, pela utilização de diferentes concentrações, diferentes poluentes e pela análise de outros parâmetros associados às DOEs além das freqüências. |