Característica ecofisiológicas de clones de bertholletia excelsa H. & B. em plantios de produção na Amazônia
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4954 http://lattes.cnpq.br/6283229356803322 |
Resumo: | Uma das possibilidades para reincorporar aos processos produtivos mais de 700 mil km2 de áreas na região Amazônica passa pela instalação de programas de reflorestamento. No entanto, um dos segmentos destes programas, os plantios de produção exigem conhecimento robusto sobre a(s) espécie(s) selecionada(s) para esta finalidade. Dentre as espécies já utilizadas para fins de plantios, a Castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa H. B.) tem sido uma das espécies florestais nativas mais utilizadas para a recuperação de áreas alteradas e composição de sistemas agroflorestais. A maior experiência com plantios de produção desta espécie é a Empresa Agropecuária Aruanã S. A. (Itacoatiara, AM) com 1.257.000 árvores plantadas. Os plantios foram constituídos basicamente com cinco clones (Aruanã - ARU, 609, 606, Manuel Pedro - MP e Santa Fé - SF) propagados por enxertia. Apesar dos números envolvidos nos plantios de Castanheira-da-amazônia já impressionarem, pesquisas com o objetivo de conhecer o potencial fisiológico destes clones e sua interação com fatores de sítio em plantios de produção ainda não foram realizadas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o desempenho fisiológico dos clones acima relacionados no campo e suas respostas a fatores temporais (períodos de alta e baixa precipitação) e espaciais (ambiente de crescimento das folhas na copa – pleno sol e sombra). Para tanto, estudaram-se características relacionadas à fotossíntese e os desdobramentos de captação e uso da irradiância, assim como da assimilação e composição isotópica de carbono, potencial hídrico foliar, área foliar específica, concentração de nutrientes foliares e eficiência fotossintética no uso de nutrientes. Os clones apresentaram diferentes respostas para a maioria das variáveis analisadas. O clone ARU exibiu o melhor desempenho em relação à assimilação de carbono (12 - 14,9 μmol m-2 s-1) e eficiência fotossintética no uso de nutrientes. Neste mesmo clone, a média de fotossíntese foi cerca de 28% superior ao clone SF (8,4 - 11,6 μmol m-2 s-1) e foi mais eficiente, principalmente no uso dos macronutrientes N (93 – 118 mmol mol-1 s-1), P (4157 – 4761 mmol mol-1 s-1) e K (1030 – 1612 mmol mol-1 s-1). O clone 609 exibiu maior acúmulo foliar de Ca (5,0 – 12,2 g kg-1) e Mg (1,7 – 2,7 mg kg-1), eficiência fotossintética no uso de P e K, e melhor eficiência de captação e uso da irradiância a partir dos índices de desempenho PIABS (1,3 – 2,5) e PItotal (0,7 – 1,4). O clone 606 acumulou mais K (2,9 – 8,1 g kg-1) foliar e apresentou alta eficiência fotossintética no uso de N (84 – 115 mmol mol-1 s-1). O clone MP acumulou mais Mg (2,1 – 3,1 g kg-1) foliar, porém, juntamente com o clone SF, exibiram menor eficiência fotossintética no uso dos nutrientes. Este último mostrou maiores índices de desempenho (PIABS e PItotal) e composição isotópica de carbono (-30,1 - -28,7‰); entretanto, mostrou menores valores de condutância estomática e fotossíntese. Os clones apresentaram em folhas de sol maior fotossíntese na unidade de área foliar, respiração no escuro, condutância estomática, transpiração, irradiâncias de compensação e saturação, composição isotópica de carbono, concentração de Mn, PItotal e expressão da fase IP (abundância relativa de PSI em relação ao PSII). Em folhas de sombra observou-se maior área foliar específica, maiores concentrações de P e K e maior valor do índice PIABS. De modo geral, houve maior acúmulo foliar de Mn e maiores índices Fv/Fm, PIABS e PItotal durante o período de alta precipitação. Por outro lado, resultados superiores de fotossíntese na unidade de massa foliar, área foliar específica e concentrações de P e K foram observados durante o período de baixa precipitação. Portanto, pode-se concluir que os clones de B. excelsa possuem distintos desempenhos fisiológicos quando utilizados em plantios de produção e exibem diferentes respostas em níveis estruturais e funcionais aos fatores espaciais e temporais. |