Características ecofisiológicas e crescimento de Bertholletia excelsa Bonpl. em plantio florestal submetido ao desbaste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Karen Cristina Pires da
Orientador(a): Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5122
http://lattes.cnpq.br/8779471372627932
Resumo: O melhor entendimento dos efeitos do desbaste sobre os aspectos ecofisiológicos e o crescimento de Bertholletia excelsa, árvore amazônica com alto potencial madeireiro, pode auxiliar na definição de estratégias mais adequadas de manejo de plantações desta espécie. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da aplicação do tratamento silvicultural de desbaste sobre as características ecofisiológicas e o crescimento de B. excelsa em plantio adensado. O estudo foi realizado em um plantio pertencente à Empresa Agropecuária Aruanã S. A., Itacoatiara, AM. O método de desbaste aplicado foi o seletivo e foram removidos 50% da área basal do plantio. Após o desbaste, analisou-se a porcentagem de abertura do dossel e foram monitorados a fluorescência da clorofila a, as variáveis de trocas gasosas, os teores de nutrientes foliares, o potencial hídrico foliar e o crescimento em diâmetro. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com dois tratamentos (controle e desbaste) e oito repetições. Após a aplicação do desbaste observou-se redução da máxima eficiência fotoquímica do fotossistema II (TRO/ABS), com posterior recuperação aos níveis das árvores do tratamento controle. Uma semana após a aplicação do desbaste observou-se incremento nos valores de fotossíntese (A), respiração (Rd), condutância estomática (gs) e transpiração (E). O desbaste não alterou o potencial hídrico das árvores, entretanto as árvores sob este tratamento apresentaram eficiência no uso da água (EUA) 16% maior. O desbaste resultou em maiores conteúdos de Na, Pa e Ka e de MFA. Ao final do período experimental, as árvores sob tratamento de desbaste apresentaram concentrações de Na, Pa e Ka e MFA cerca de 27% superiores às árvores do tratamento controle. O desbaste estimulou o crescimento em diâmetro de B. excelsa, o qual foi três vezes superior (1,12 cm ano-1) em relação às árvores do controle (0,39 cm ano-1). O desbaste estimulou as taxas de crescimento em diâmetro de B. excelsa, como resposta ao incremento da capacidade fotossintética em função do aumento da condutância estomática (gs), da massa foliar por área (MFA) e dos conteúdos foliares de Na e Pa. Ademais, a rápida resposta de B. excelsa às alterações ambientais causadas pelo desbaste, deve-se em grande parte a capacidade dessa espécie se aclimatar às novas condições de luz impostas pela aplicação dessa prática silvicultural.