Padrão de desenvolvimento radial horário do fuste de três espécies florestais típicas da Amazônia utilizando dendrômetros automáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Miranda, Erika Vieira de
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5174
Resumo: O Estado do Amazonas possui uma área de aproximadamente 150 milhões de hectares de floresta tropical úmida primária. Devido à diminuição da produção de florestas no Sudeste Asiático como também em outros Estados amazônicos, em breve a pressão para exploração de madeira tropical avançará em direção ao Amazonas. Por essa razão, nós devemos estar preparados para receber indústrias florestais e para fornecer madeira tropical ao mercado. Porém, esta atividade deve compatibilizar a produção com a conservação do ecossistema, podendo ser contextualizado através do manejo florestal com base no rendimento sustentável. Este estudo foi realizado na Estação Experimental ZF-2 do INPA e é um importante suplemento para pesquisas básicas e aplicadas no desenvolvimento da Amazônia brasileira, gerando indicadores de sustentabilidade chaves para o manejo florestal. Este estudo analisou o desenvolvimento radial individual de três espécies: Dipteryx odorata (Aubl.) Willd., Scleronema micranthum Ducke e Eschweilera coriacea (DC) Mart. ex Berg. Três indivíduos de cada espécie foram selecionados de uma amostragem com, aproximadamente, 300 árvores com bandas dendrométricas metálicas distribuídas ao longo dos dois transectos (Leste-Oeste e Norte-Sul), que são monitoradas desde junho de 1999. As espécies selecionadas foram monitoradas usando dendrômetros automáticos compostos por quatro sensores e um datalogger, durante um ano (junho de 2001 a maior de 2002). O desenvolvimento radial individual do fuste foi registrado a cada hora. Dados micro-climáticos, tais como temperatura do ar e do solo, umidade e precipitação; foram coletados, a cada hora, usando estações automáticas LICOR 1400. O desenvolvimento radial individual variou significativamente (p 0,001) com o passar do tempo (mês com referência), e entre as interações mês*espécie, mês*tipo de crescimento e mês*tipo de crescimento*espécie. Porém, quando foi incluído o fator hora como referência para o desenvolvimento radial, não existiu nenhum sinal de significância, mesmo para as interações mês*espécie*hora, mês*tipo de crescimento*hora e mês*espécie*tipo de crescimento*hora. O incremento anual em diâmetro variou de -0,12 a 10,54 mm. Dois padrões de crescimento diferentes foram observados: contínuo e intermitente. Para todos os indivíduos de Scleronema os coeficientes de correlação entre o desenvolvimento radial e umidade relativa foram positivos e altamente significantes (p0,001); para Dipteryx a correlação foi positiva e significante (r = 0,74; p 0,001) só para o indivíduo 944; e para Eschweilera (r = 0,84; p 0,001) somente para o 358, Eschweilera 365 apresentou correlação negativa (r = -0,53; p = 0,68), e Eschweilera 361 (r = 0,03). Os coeficientes de correlação entre desenvolvimento e temperatura radial, déficit de saturação de vapor do ar e radiação foram negativos, com exceção do Eschweilera 365.