Padrões de crescimento e predição da estrutura diamétrica com auxílio de bandas dendrométricas na floresta nacional de Caxiuanã – PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Almeida, Everton Cristo de
Orientador(a): Santos, Joaquim dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5050
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762872J1
Resumo: No Manejo florestal é fundamental que saibamos planejar as atividades de exploração, fundamentados em ferramentas estatísticas, para que diminuam as margens de erro relacionadas às tomadas de decisão. O conhecimento à cerca de informações sobre padrão de crescimento e projeção da distribuição diamétrica otimiza o processo de produção. Essas técnicas dendrométricas prescrevem, de forma segura, os tratos silviculturais e fornecem informações mais precisas sobre o ciclo de corte. O presente estudo enfatiza essas duas ferramentas com o objetivo de verificar o padrão de crescimento e a estrutura diametral futura em dois tipos de ecossistema: i) Floresta de terra-firme sobre latossolo amarelo (LA) e ii) Floresta sobre terra preta antropogênica (TPA) na FLONA de Caxiuanã,. Estado do Pará. Em cada ecossistema foram selecionados aleatoriamente 400 árvores de um banco de dados do projeto PAN-AMAZONIA, com intervalo de classes para diâmetro variando entre 10 < DAP > 50 cm, e para densidade da madeira variando entre 0 < DM < 2. Os dados de crescimento diamétrico foram obtidos com bandas dendrométricas instaladas em todas as árvores inventariadas com DAP > 10 cm, durante um período de dois anos (2004-2006). O padrão de crescimento nas duas áreas segue paralelamente a sazonalidade dos efeitos climáticos, sendo o incremento médio mensal (IMM) na parcela de TPA igual a 6,82 mm + 0,042 mm (IC 95%) e na parcela LA igual a 1,108 mm + 0,08 mm (IC 95%). A correlação entre as variáveis incremento e precipitação apresentou-se baixa, porém positiva e significante a 1%, na TPA (r = 0,25; p<0,001) e no LA (r = 0,26; p<0,001). Utilizando a série histórica (1980-2000) de precipitação fornecida (IBAMA), houve uma filtragem das variações bruscas ocorridas durante os dois anos de experimento, diminuindo a discrepância com os dados de incremento, resultando em valores para TPA (r = 0,80; p<0,001) e LA (r = 0,76; p<0,001). As interações geradas pelo modelo da ANOVA-MR para a TPA e LA mostraram que o IMM varia consideravelmente com o tempo (G-G<0,001), não houve relação significativa entre a densidade da madeira e o IMM nas duas áreas (G-G=0,653; G-G=0,095) respectivamente e a classe diamétrica influenciou-o a 5% de probabilidade somente no LA (G-G=0,001). O modelo da Cadeia de Markov projetou a estrutura diamétrica das duas áreas nos anos de 2004-2006 para 2008, onde a distribuição diamétrica observada e projetada tanto no LA (x2 tab (α=0,01; 9 gl) = 21,7; x2 calc = 5,6) como na TPA (x2 tab (α= 0,01; 9 gl) = 21,7; x2 calc = 1,9) .ajustaram-se perfeitamente ao modelo com apenas dois anos de medições e em condições de florestas tropicais.