O uso do planejamento sistemático da conservação no zoneamento de unidades de conservação no Amazonas
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11889 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4260775A7 |
Resumo: | Existem muitos critérios que podem ser utilizados no planejamento de áreas protegidas, incluindo informações primárias e secundárias sobre a região de interesse. Alguns pesquisadores têm sugerido que os custos do processo de planejamento poderiam ser diminuídos se alguns dos critérios, que requerem estudos de campo fossem eliminados. No entanto, os processos de tomada de decisão e os pesos relativos dos critérios nesta tomada de decisões normalmente não estão explicitados nos relatórios de criação ou zoneamento de Unidades de Conservação na Amazônia. Neste trabalho, eu usei ferramentas computacionais do Planejamento Sistemático da Conservação PSC para avaliar o peso relativo de diferentes critérios usados no zoneamento de um mosaico de Unidades de Conservação no sul do Estado de Amazonas (Mosaico do Apuí). Usei o Programa Marxan para definir as zonas de preservação do Mosaico, que foi previamente zoneado pelos gestores da área usando métodos convencionais. O objetivo foi determinar quais dos critérios utilizados pelos gestores foram necessários para obter o mesmo zoneamento utilizando ferramentas do PSC e determinar a posteriori quais critérios tiveram mais influência na tomada de decisões sobre os limites das zonas de preservação. Para isso, calibrei os parâmetros da função objetivo do programa para gerar uma configuração de zonas semelhantes à produzida pelos gestores. Não foram incluídos nas analises critérios relacionados à distribuição da biodiversidade medidos em sítio, porque as informações necessárias para criar camadas representando esta distribuição não estavam disponíveis aos gestores à época da elaboração do zoneamento. Utilizando os mesmos critérios que os gestores utilizaram, o programa gerou zoneamento muito semelhante ao escolhido pelo órgão gestor em relação aos parques (KIA 0,77) e gerou zoneamento menos semelhante em relação às zonas de preservação fora dos parques (KIA 0,55). No entanto, o único critério de biodiversidade necessário para refazer o zoneamento utilizando o PSC foi a fitofisionomia existente no Mosaico. Foi necessário reduzir ou retirar os critérios listados pelos gestores relacionados com a influência de ameaças à biodiversidade (grilagem, garimpo e estradas) que ocorrem na área para que o zoneamento se tornasse mais semelhante ao definido pelo órgão gestor nos parques (KIA 0,84) e nas outras zonas de preservação (KIA 0,59). Esta concordância com a configuração dos gestores quando os critérios relacionados às ameaças a biodiversidade foram retirados indica que eles não foram considerados importantes pelo órgão gestor na definição do zoneamento. A análise posterior usando ferramentas de PSC apóia as conclusões dos pesquisadores que indicaram que alguns critérios utilizados em zoneamentos tradicionais não são necessários nas fases iniciais de planejamento de áreas protegidas. O uso de ferramentas do PSC na elaboração dos zoneamentos poderia permitir aos gestores criar cenários iniciais de zoneamento utilizando apenas informações técnicas previamente existentes sobre a região, reduzindo os custos e tempo de elaboração destes zoneamentos, além de explicitar os pesos atribuídos aos critérios usados no zoneamento. |