Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Mariana Napolitano e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-21092011-094809/
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Resumo: |
O crescimento dos sistemas de áreas protegidas nas últimas décadas é considerado um dos maiores esforços da humanidade para conter a atual crise da biodiversidade. No entanto, a cobertura da superfície global por áreas protegidas é um indicador simplificado, sendo necessário ir mais além e avaliar se os sistemas de áreas protegidas representam os diferentes componentes da biodiversidade e processos ecológicos e se estão sendo geridos de forma efetiva para garantir a manutenção da biodiversidade no longo prazo. O objetivo geral do presente estudo foi realizar uma análise da efetividade de gestão e representatividade biológica do sistema de unidades de conservação (UCs) no Estado do Tocantins, avaliando como os diferentes níveis de gestão de áreas protegidas podem interferir nos processos de planejamento sistemático da conservação. Os resultados indicaram a existência de lacunas significativas na implementação das áreas protegidas existentes, apesar do desempenho relativamente bom em alguns elementos. As quatro ameaças mais importantes para o sistema de UCs avaliado foram: infraestrutura, queimadas descontroladas, caça e pecuária. A análise da distribuição de 109 espécies de vertebrados e plantas indicou a presença de padrões biogeográficos claros na biota do Tocantins, que coincidem com padrões relatados por outros autores para alguns grupos taxônomicos. No entanto, lacunas significativas foram observadas tanto na proteção das espécies, quanto na representação dos elementos bióticos identificados. Para testar os impactos dos baixos valores de efetividade e altos valores de ameaças das UCs no planejamento do sistema, reduzimos o estado de conservação das áreas protegidas em 25% e 50%. Isso resultou em acréscimos de 250.000 ha e 590.000 ha, respectivamente, no sistema de áreas protegidas, necessário ao cumprimento das metas de conservação. A representatividade dos sistemas de áreas protegidas depende da persistência da biodiversidade dentro dessas áreas, que é reconhecidamente comprometida por níveis elevados de ameaça associados à efetividade de gestão incipiente. Portanto, sugerimos que o estado de conservação da biodiversidade dentro das áreas protegidas seja incorporado a exercícios de planejamento sistemático de conservação. A definição de prioridades para a criação de novas áreas protegidas deve fazer parte de um planejamento integrado, que aborde também a consolidação de áreas protegidas existentes e estratégias mais amplas para mitigar os efeitos dos fatores principais da perda de biodiversidade fora das reservas. |