Impacto imunológico no sistema nervoso central da tetraidrobiopterina na infecção pelo vírus da Raiva em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brito, Caio Vinicius Botelho
Orientador(a): Diniz Júnior, José Antônio Picanço
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4490
Resumo: O vírus da Raiva é um vírus RNA que apresenta tropismo pelo sistema nervoso, causando encefalite. A taxa de sobrevivência de pacientes com encefalite é baixa, sendo estes submetidos ao protocolo de Milwuakee, porém há muitos pontos a esclarecer sobre as funções das drogas e mecanismo imunológico na evolução da doença. Uma das drogas utilizadas é a sapropterina, que é um importante cofator do oxido nítrico, importante para prevenção de vasoespasmos. Objetivo: descrever o efeito imunológico da sapropterinana infecção pelo vírus da Raiva, em modelo murino. Metodologia: Foram estudados 37 animais, distribuídos em dois grupos: grupo Controle e grupo Tetrahidrobiopterina, sendo ambos os grupos infectados com o vírus Rábico (RABV), e apenas o grupo Tetrahidropterina submetido as doses de sapropterina via gavagem. Os animais foram submetidos a eutanásia nos dias 3, 5, 7, 9, 11 e 13, sendo coletado hemi-encefalo para análise em citometria de fluxo e imunoistoquímica. Os seguintes marcadores imunológicos foram estudados: Anti-RABV, Anti-iNOS por imunohistoquimica e IL-6, IL-2, IL-17a, INF-gama por citometria de fluxo.Resultados:Na análise do Anti-RABV, observou-se maior média de anticorpos detectáveis visíveis no grupo Tetrahidropterina. Quanto a IL6, os animais do grupo Tetrahidropterina não apresentaram quantidades detectáveis no 9o dia de medicação. Observou-se, também neste grupo, menor queda nas concentrações cerebrais de INF-gama. O mesmo aconteceu com a IL-2, onde o grupo Tetrahidropterina teve uma queda menor deste mediador. O oposto ocorreu com a IL17a, onde a maior redução da infecção foi neste grupo. Entretanto, quanto ao Anti-iNOS, não foi verificada nenhuma diferença na quantificação dos marcadores de anticorpos entre os grupos. Conclusão: Observou-se que a utilização da sapropterina no quadro da infecção instalada do RABV em murinos, sugere um efeito moduladornos mecanismos inflamatórios, principalmente ligados a permeabilidade da barreira hemato-encefálica e de migração de células citotóxicas para o sistema nervoso central.