Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Thais Cristina Nascimento de |
Orientador(a): |
Rosa, Elizabeth Salbé Travassos da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3188
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Resumo: |
Resumo: O Vírus chikungunya (VCHIK) é um arbovírus emergente que vem causando epidemias em diversos países de diferentes continentes, demonstrando elevada capacidade de expansão e se tornando uma preocupação mundial. Uma investigação epidemiológica e clínica criteriosa, antes da solicitação de exames laboratoriais específicos, é de extrema importância tanto para as condutas laboratoriais quanto para os serviços de vigilância epidemiológica, quando se deseja um diagnóstico fidedigno. Este estudo teve por objetivo realizar uma avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de série de casos humanos diagnosticados pelo IEC com infecção pelo vírus chikungunya, procedentes de diversos estados do Brasil, no período de janeiro de 2014 a julho de 2015. Para isso, utilizou-se um estudo com análise descritiva e analítica, e de abordagem quantitativa. Considerou-se necessário agrupar as informações importantes para o estudo em variáveis (epidemiológica, clínica e laboratorial) e a partir disso, empregar as análises multivariadas. Na análise descritiva, utilizou-se o MicrosoftExcel® 2016. Já para análise analítica, aplicou-se o teste de Kruskal-Wallis para correlacionar à positividade dos métodos laboratoriais utilizados ao tempo de doença dos pacientes, considerando o nível de significância de 5% (p < 0,05). A maioria dos casos era proveniente da região norte; sendo o Amapá o estado mais prevalente com 96 (55,21%). Observou-se oscilação no número de casos positivos durante todo o período do estudo; com predominância do segundo semestre de 2014. Dos pacientes que confirmaram viagem para outra localidade dias antes da primeira consulta, a maioria relatava como destino, locais que já haviam registrado casos de febre chikungunya. A artralgia e a febre foram os sintomas mais frequentes entre os acometidos pela infecção. À média do tempo de doença foi de 11 dias no ano de 2014 e 18, em 2015. Acerca das técnicas de diagnóstico laboratorial específico, utilizando amostras biológicas (soro e/ou sangue), 37 delas foram submetidas ao método de isolamento viral em cultivo celular, sendo 22 (59,46%) positivas para o VCHIK. Para RT-qPCR, 69 amostras foram analisadas e 40 (57,97%) positivas. Com relação à técnica de MAC-ELISA, 160 amostras foram investigadas, sendo que 132 (85,50%) apresentaram anticorpos IgM anti-VCHIK. Baseado nessa análise constatou-se ainda que a positividade dessas amostras para a infecção pelo VCHIK foi confirmada principalmente pelo diagnóstico sorológico em 132 (68,02%) casos. O momento ideal para a coleta da amostra biológica tanto para a técnica de isolamento viral em cultivo celular quanto para a RT- qPCR foi o 1 dia do início dos sinais e sintomas. Já para o MAC-ELISA constatou-se que foi o 6 dia. Diante disso, este é um estudo de grande valia, uma vez que retrata a realidade brasileira quanto à epidemiologia, às características clínicas e laboratoriais específicas das amostras procedentes de diversos estados do Brasil e à identificação do momento ideal da coleta da amostra biológica para cada técnica laboratorial, informações estas, que são valiosas quando se deseja um diagnóstico fidedigno. |