Avaliação da exacerbação da infecção do vírus Chikungunya pela imunidade preexistente ao vírus Mayaro In Vitro (célula THP-1) e In Vivo (Mesocricetus Auratus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Jéssyca Hariel Miranda
Orientador(a): Chiang, Jannifer Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6691
Resumo: Existem poucos estudos publicados disponíveis sobre como a circulação ou imunidade ao VMAY está ou não afetando a dinâmica epidêmica VCHIK nas Américas. Sabe-se que o VCHIK é endêmico em muitas partes da América Latina e que já possui histórico de ADE mediante a presença de níveis subneutralizantes de anticorpos gerados por uma primeira infecção também por VCHIK. Este trabalho buscou entender se anticorpos de VMAY eram capazes de gerar ADE em infecção por VCHIK. Para o estudo in vitro foram realizadas diluições do Ac-VMAY em células THP-1, que foram infectadas com concentrações constantes de VCHIK. As cargas virais dos sobrenadantes foram obtidas através do teste de RT-qPCR. Já para o estudo in vivo, hamsters da espécie Mesocricetus Auratus, infectados com VMAY, foram divididos em dois grupos e uma segunda infecção foi realizada, agora com VCHIK. As amostras biológicas colhidas destes animais foram analisadas por meio dos testes RT-qPCR, IH e PRNT. Os sobrenadantes das células THP-1 coletados durante o estudo in vitro apresentaram resultados detectáveis para o RNA viral do VCHIK, desde o 1º dpi até o 12º dpi em todas as 6 diluições do anticorpo do VMAY (10-1 a 10-6). Os sobrenadantes das células THP-1 que tinham concentrações maiores de Ac-VMAY mostraram uma tendência a apresentar valores mais altos de carga viral do VCHIK. Já no estudo in vivo, dos animais infectados previamente com VMAY (Grupo 1 e 2), 11 apresentaram sinais de doença. Todos os hamsters infectados com o VMAY apresentaram anticorpos totais para o VMAY, com títulos variando de 1:160 a ≥1:1280. Detectou-se RNA do VMAY mesmo após um mês de ocorrida a infecção. A detecção do RNA do VCHIK ocorreu em apenas dois animais do grupo 1. No caso do Grupo 2, não detectou-se RNA viral tanto do VCHIK, quanto do VMAY em nenhuma das amostras testadas. Os resultados mostraram a ausência do ADE, sugerindo que a imunidade ao VMAY pode prevenir a doença e a viremia do VCHIK. Entender este fenômeno imunológico e como ele afeta a patogênese da infecção por VCHIK se faz importante, considerando que esta doença pode evoluir de forma crônica em um elevado percentual de doentes.