Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Karina Telma Loureiro de Araújo |
Orientador(a): |
Soares, Luana da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4447
|
Resumo: |
Introdução: A gastroenterite aguda (GA) é uma doença tratável e evitável, contudo é a principal causa de desnutrição e a sexta principal causa de morte em crianças menores de cinco anos de idade no mundo. Os principais agentes etiológicos são parasitos, bactérias e vírus, dentre estes os mais frequentes são: rotavírus, calicivírus, adenovírus entéricos e astrovírus, no entanto, em cerca de 40% dos casos não se conhece o agente etiológico envolvido, todavia estudos recentes têm relatado a associação do bocavírus humano (HBoV) como agente causador de GA. Objetivo: Investigar os genótipos de bocavírus humano em amostras fecais de neonatos hospitalizados em Belém do Pará durante o ano de 2011. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo, no qual foram analisadas, pela técnica de qPCR, 100 amostras fecais de neonatos (crianças de 0 a 28 dias de idade) hospitalizados em Belém do Pará, no ano de 2011. Resultados: A positividade para o HBoV foi observada em 20% das amostras fecais analisadas. Os neonatos foram divididos em três extratos de idade, e dentre os casos positivos para o HBoV 30% pertenciam ao grupo de 0 a 9 dias, 40% de 10 a 19 dias e 30% entre os neonatos de 20 a 28 dias. A detecção do HBoV ocorreu com maior frequência nos meses de março, setembro e outubro, sendo que o genótipo HBoV1 foi o único detectado. Com relação a coinfecção, esta foi identificada entre o HBoV e o RVA em 10% dos casos positivos. Os espécimes fecais também foram testados para outros vírus entéricos como RVA, astrovírus e norovírus, sendo possível identificar estes vírus, incluindo o HBoV em 32% das amostras fecais. A monoinfecção dos vírus entéricos pesquisados ocorreu em 29% dos casos, sendo a maior prevalência do HBoV em 18% dos casos, seguido do o RVA em 7% dos espécimes fecais, astrovírus e norovírus em 2% cada. Ao analisar a coinfecção geral, esta ocorreu em 3% dos casos, sendo 2% entre o HBoV e RVA e, em 1% entre o RVA e o astrovírus. Conclusão: Os aspectos epidemiológicos da infecção pelo HBoV em casos de GA em neonatos são raros, não apenas no Brasil, como no mundo todo. Deste modo, o presente estudo apresenta caráter pioneiro, pois reporta a detecção deste agente viral nessa população e dentro desse contexto, estudos adicionais são necessários para elucidar o papel deste vírus nas infecções gastrointestinais em crianças menores de 28 dias. |