Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Lais Cristina Pereira da Costa |
Orientador(a): |
Pinto, Ana Yecê das Neves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6750
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Resumo: |
A doença de Chagas é uma antropozoonose comumente prevalente em áreas tropicais. Ela pode se dar por meio da transmissão vertical, ou seja, da mãe infectada para filho, podendo ocorrer tanto por via transplacentária, no canal de parto e raramente pela amamentação. A região amazônica configura um foco ativo com elevada incidência sazonal de doença de Chagas (DC) em fase aguda, expondo jovens em idade fértil ao maior risco de transmissão vertical. Sendo este um agravo de notificação compulsória para a vigilância epidemiológica, toda e qualquer descrição relacionada deve ser amplamente divulgada, para auxiliar no mapeamento dos estratos geográficos de maior risco. Os autores objetivam analisar uma série de casos de gestantes portadoras de doença de Chagas (DC) diagnosticadas em qualquer fase e seus desfechos gravídicos de forma longitudinal, atendidas em um centro de referência regional. Trata-se de um estudo descritivo transversal, do tipo série de casos, de caráter retrospectivo em coorte clínicas de seguimento de gestantes notificadas e atendidas no Protocolo de Doença de Chagas do Serviço de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) no Instituto Evandro Chagas, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto Evandro Chagas sob o parecer de n° 4.132.597. Foram analisadas variáveis socioepidemiológicas; histórico obstétrico; histórico clínico de DC; histórico de surto familiar; variáveis de tratamento; provável forma de contaminação materna, resultados diagnósticos e respostas ao tratamento específico quando instituído. Foram avaliadas 22 gestantes elegíveis para o estudo. 36% das gestantes estavam em fase aguda da DC e 64% estavam em controle sorológico. 4 gestantes evoluíram com intercorrências sendo todas do grupo de fase aguda. Entre desfechos mais graves houve ameaça de abortamento e diagnóstico de cardiopatia chagásica. Quatro crianças foram diagnosticadas com infecção congênita por Trypanosoma cruzi e foi identificado um óbito fetal com 40 semanas de gestação. Comparativamente, 75% das crianças com infecção congênita eram filhas de mães diagnosticadas em fase aguda. Uma única criança afetada nascida de mãe com infecção crônica foi diagnosticada. |