Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Serra, Ana Carolina Silva |
Orientador(a): |
Soares, Luana da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4163
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Resumo: |
Introdução: A gastroenterite aguda (GA) é a segunda principal causa de morte na primeira infância e anualmente culmina com o óbito de aproximadamente 500 mil crianças. A rotavirose, embora seja uma doença imunoprevinível, ainda corresponde a 25% dessas mortes. Os genótipos usualmente associados às infecções pelo Rotavírus da espécie A (RVA) são o G1P[8], G2P[4], G3P[8], G4P[8], G9P[8] e G12P[8], outros tipos são considerados não usuais. A combinação G3P[6] é considerado uma cepa incomum, entretanto já foi detectado em uma circulando na região Norte do Brasil no ano de 2012 e novamente em 2017. Um estudo mais aprofundado dessa cepa é necessário para se obter mais conhecimento sobre a genética e epidemiologia molecular deste genótipo. Objetivo: Analisar os onze genes do genótipo G3P[6] de RVA circulantes em crianças com gastroenterite aguda na região Norte do Brasil nos anos de 2012 e 2017. Material e métodos: Foram analisados 18 amostras fecais, sendo 13 (13/47) de 2012 e 5(5/5) de 2017, provenientes da Rede de Vigilância de Gastroenterites por Rotavírus. Posteriormente, foi realizada uma reação em cadeia da polimerase procedida por transcrição reversa (RT-PCR) utilizando-se iniciadores específicos para cada um dos 11 genes de RVA. Os amplicons obtidos foram purificados, parcialmente sequenciados e realizada as análises filogenéticas. Resultados: Todas as amostras apresentaram os genótipos G3-P[6]-I2-R2-C2-M2-A2-N2-T2-E2-H2 e exibiram um eletroferotipo de perfil curto, demonstrando pertencer ao genogrupo DS-1-like. A análise filogenética do gene VP7 demonstrou que duas amostras detectadas em 2017 são semelhantes as cepas G3P[6] e G3P[8] equino-like detectadas recentemente. Em relação as outras proteínas estruturais e não estruturais do RVA, as amostras foram semelhantes a cepas humanas distribuídas mundialmente. Houve mudanças amnoacídicas exclusivas do gene VP7 das amostras G3P[6] equino-like. Conclusão: A detecção de cepa G3P[6] recombinante na região Norte do Brasil destaca o relacionamento evolutivo que os RVA apresentam e demonstra a importância do monitoramento de sua epidemiologia molecular. |