A necessidade ou não de vinculação entre a fundamentação decisória e os argumentos levantados pelo amicus curiae no controle abstrato de constitucionalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Bruno Giovani Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.idp.edu.br//handle/123456789/4779
Resumo: A presente pesquisa analisa a eventual exigibilidade de vinculação entre a fundamentação decisória do STF e os argumentos apresentados pelos amici curiae no controle abstrato de constitucionalidade. Analisa se é necessário que a fundamentação do acórdão enfrente todos os argumentos deduzidos pelos amici curiae para que a decisão seja considerada legítima. O estudo justifica-se por contribuir no entendimento sobre a natureza da participação do amicus curiae e o grau de relevância atribuível aos seus argumentos, o que pode refletir na qualidade das decisões do STF. A metodologia utilizada foi a revisão da literatura relativa à teoria da decisão e da argumentação jurídica. A pesquisa parte de um exame sobre o papel exercido pelo amicus curiae no processo, considerando suas origens e sua previsão em nosso ordenamento, abordando a tentativa de democratizar e pluralizar o processo de interpretação constitucional no STF. Em seguida, são examinadas as implicações que a natureza objetiva do controle abstrato de constitucionalidade traz ao processo dialético entre os participantes do processo, observando os limites de atuação desses atores, em especial as faculdades processuais dos amici curiae e os critérios utilizados para sua admissão. Trata da fundamentação jurídica como meio de legitimação da decisão judicial, ressaltando o papel que a interpretação e a argumentação jurídica assumem na sua construção. Aborda-se a teoria da argumentação de Chaïm Perelman no processo deliberativo do STF e na elaboração dos respectivos fundamentos decisórios. Analisa a disciplina conferida à fundamentação das decisões judiciais pelo Código de Processo Civil de 2015. Por fim, conclui se o princípio da fundamentação analítica é aplicável ao controle abstrato de constitucionalidade no que se refere aos argumentos levantados pelos amici curiae.