Gênero, ciência e contexto regional: analisando diferenças entre docentes da pós-graduação de duas universidades brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Borges, Elinielle Pinto lattes
Orientador(a): Olinto, Gilda lattes
Banca de defesa: Saldanha, Gustavo Silva lattes, Oliveira, Zuleica Lopes Cavalcanti de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Departamento: Escola de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ridi.ibict.br/handle/123456789/840
Resumo: Este estudo tem como objetivo verificar desigualdade de gênero nas tarefas acadêmicas dos docentes-pesquisadores da pós-graduação, assim como identificar mecanismos que contribuem para o estabelecimento e perpetuação dessas desigualdades A discussão teórica apresenta argumentos sobre diferenças de gênero na sociedade em geral, e na ciência em particular. A abordagem empírica selecionou como campo de estudo duas universidades federais: a UFRJ e a UFMA, visando também a identificação de diferenças regionais, através de análise quantitativa e qualitativa. Para a abordagem quantitativa foram utilizados dados secundários já trabalhados no estudo de Leta et al. (2013). Um sub-conjunto desses dados sobre as duas instituições foi gerado para este estudo que envolveu informações sobre o total de 2667 docentes-pesquisadores. A abordagem qualitativa envolveu entrevistas realizadas junto a 14 coordenadores da pós-graduação das universidades mencionadas. O roteiro de entrevista buscou conhecer diferenças de uma cultura de gênero nas escolhas profissionais, no exercício das tarefas acadêmicas, no estabelecimento de obstáculos na carreira científica, e na sobrecarga das atividades relacionadas à educação dos filhos. A análise dos dados quantitativos mostrou, entre outros aspectos, que os cursos da UFRJ têm desempenho superior aos da UFMA. Focalizando as desigualdades de gênero, verificou-se um maior equilíbrio entre homens e mulheres no desempenho das tarefas acadêmicas na UFMA do que na UFRJ. A análise das entrevistas mostrou que os docentes-pesquisadores, homens e mulheres, tendem a não ver diferenças de gênero na academia e que ambos os sexos carregam preconceitos em relação a diferenças de habilidades entre homens e mulheres. As falas dos entrevistados sugerem ainda que o peso do desequilíbrio de gênero no exercício das tarefas domésticas, e seu impacto nas atividades das mulheres se faz sentir, inclusive, no sentimento de culpa carregado pelas mulheres que chegaram ao topo da carreira científica. Sobre as diferenças regionais, os pesquisadores da UFMA demonstram sentir barreiras e dificuldades no exercício da atividade científica em região menos desenvolvida.