Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Zotesso, Marina Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204451
|
Resumo: |
O adoecimento na pós-graduação stricto sensu tornou-se tema recorrente de discussão pelo alto índice e registros de discentes em sofrimento psicológico, bem como pelos dados significativos de evasão na Pós-Graduação. O ambiente acadêmico engloba inúmeras variáveis estressoras, como exigências e carga horária elevada aos alunos e orientadores, competição acadêmica (seja entre alunos ou entre programas de pós-graduação), exigência de perfeccionismo e falta de perspectiva e valorização do pós-graduando. Pesquisas atuais apontam o alto número de estudantes com depressão, estresse e que cometem suicídio, bem como apresentam intenção recorrente de abandonar os estudos. Pela condição atual que o Brasil passa, de crise econômica, o número de bolsas de estudos teve queda significativa nos últimos anos, levando à necessidade de associar os estudos a uma ou mais ocupações profissionais, e concomitantemente gerando um atraso nas tarefas, baixo rendimento e exaustão dos discentes. O objetivo desse trabalho foi investigar o acometimento e a incidência de estresse, pensamentos depressivos, percepção de suporte social e de concorrência acadêmica em estudantes de pós-graduação de três grandes universidades (USP, UNESP e UFSCar) de três cidades (São Carlos, Bauru, Marília). A pesquisa comportou uma amostra de conveniência de 189 pós-graduandos, contemplando cursos de Engenharias, Psicologia, Fonoaudiologia, Educação, Design e Ciências Sociais, que responderam a quatro instrumentos, ISSL, EPD e EPSUS-A e um questionário elaborado pela autora. Os resultados obtidos apontaram um índice de estresse superior a 50% da amostra em todos os cursos, independente da nota CAPES, evidenciando a alta competitividade acadêmica, em especial nos cursos com elevado número de publicações e manuscritos. O número de discentes que recebe suporte de agências de fomento mostrou-se extremamente baixo, bem como dos alunos que indicaram ter dedicação exclusiva à pesquisa. Os dados comparativos indicam diferenças quanto aos quesitos obtenção de bolsa, baixa desesperança e aspectos afetivos reduzidos. O adoecimento, bem como sofrimento psicológico dos pós-graduandos foi uma variável marcante dos resultados, indicando que a baixa valorização dos discentes repercute diretamente na saúde dos mesmos, bem como na produtividade, e possivelmente na vida docente iniciante. Com o estudo concluiu-se que os discentes indicam altos níveis de adoecimento e percepção da competição acadêmica entre pares, assim também o baixo suporte financeiro destinado aos mesmos para elaboração e manutenção de pesquisas interfere na produtividade científica e concomitantemente nos aspectos emocionais enquanto pós-graduando e futuros docentes. Maiores estudos, avaliando de forma prospectiva o comportamento e saúde dos pós-graduandos, bem como as novas variações comportamentais após o COVID-19 se fazem de extrema importância para orientação dos programas de pós-graduação, tais com agências de fomento, apoiando e incentivando os pesquisadores e futuros professores brasileiros. |