Pesquisar gênero é uma atividade feminista? : um estudo da produção de teses e dissertações do Programa de Pós-Graduação em CiênciaPolítica da UFRGS (1977-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Marina Lua Vieira dos
Orientador(a): Prá, Jussara Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268079
Resumo: O objetivo deste trabalho é compreender se a inclusão do gênero em pesquisas na Ciência Política é necessariamente uma atividade feminista. Parto de um aporte teórico que entende gênero, política e feminismo como assuntos intrinsecamente ligados. Para isso, proponho um estudo sobre a produção discente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por três razões: meu locus enquanto bolsista de mestrado, o fato do programa ser um dos mais antigos do Brasil, e duas pesquisas do PPGCom da UFRGS, que demonstraram que a universidade é uma das instituições de ensino superior que mais produz sobre gênero no país. Em termos de tratamento e de análise dos dados, são considerados 548 trabalhos divididos entre conclusões de mestrado e de doutorado, defendidos entre 1977 e 2020 no PPGCP da UFRGS. A análise dos dados demonstrou que os trabalhos se dividiram entre aqueles que não utilizam gênero nem mesmo como categoria descritiva equivalente a mulher; aqueles que utilizam gênero de maneira descritiva, mas sem aprofundamento na temática e sem nenhum tipo de identificação enquanto pesquisa feminista e aqueles que se apresentam como trabalhos sobre gênero e que se identificam enquanto trabalhos feministas. Assim, entre todos os trabalhos, ainda é baixo o número de pesquisas focadas direta ou indiretamente nas relações de gênero; mas entre as que abordaram gênero como temática complexa, a maioria se apresentou, em algum nível, enquanto pesquisa de cunho feminista.