A corporeidade do olhar em Manoel de Barros: a experiência estética com a natureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cunha, Yanna Karlla Honório Gontijo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10430
Resumo: Esta tese propõe evidenciar como a corporeidade latente na visão estética da natureza, na produção poética de Manoel de Barros, desperta-nos para novos modos de ser e estar no mundo. Afastando-se das concepções e das imagens de natureza cristalizadas pela tradição lírica brasileira, enquanto cenário e representações vinculadas a uma utilidade, o poeta convida-nos a uma viagem de ascensão à infância em busca de reencontrar a força criadora do devir da linguagem, do homem e da natureza. Para ajudar-nos percorrer os caminhos dessa viagem imaginária, foram indispensáveis a abordagem da atitude corpórea como criadora de sentido da fenomenologia proposta por Merleau-Ponty, o ponto vista da complexidade debatida por Edgar Morin, a urgente articulação das três ecológicas propostas por Felix Guattari, as concepções de imagem expostas por Georges Didi-Huberman, Gaston Bachelard e Octavio Paz, dentre outros. Desse modo, nota-se que longe de aprisionar os sentidos dos poemas analisados, a seleção desse corpus contribuiu para reforçar a imagem de uma natureza que religa e articula o social, o humano e o ambiente.