Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Soares, Fernanda Saldanha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8162
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Resumo: |
A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma desordem de células tronco hematopoiéticas em diferenciação na medula óssea. Após o início do tratamento quimioterápico algumas mutações podem resultar em resistência a múltiplas drogas (fenótipo MDR). Tumores tornam-se resistentes a fármacos que podem ou não ser quimicamente relacionados, com mecanismos de ação distintos e atuantes em alvos celulares diferentes, o que diminui a eficácia da quimioterapia. Portanto, o fenótipo MDR é multifatorial e inespecífico, sendo um grande obstáculo no tratamento do câncer. Com isso, é necessário compreender os mecanismos envolvidos na resistência tumoral, especialmente aspectos da relação alvo celular-comportamento MDR. Isto é, se o alvo celular por onde a resistência foi induzida será determinante nas respostas de células MDR a tratamentos posteriores. Duas linhagens celulares MDR provenientes da linhagem K562 foram estabelecidas, K562-Lucena 1 (Lucena) e FEPS. Ambas tiveram suas resistências induzidas por quimioterápicos com alvos celulares distintos. Lucena por vincristina, que atinge os microtúbulos, e FEPS por daunorrubicina, através de danos no DNA. A linhagem Lucena foi estudada previamente e mostrou-se resistente a agentes oxidantes com alvo preferencial na membrana celular e, sensível a agentes com alvo direto no DNA. Desta forma, este estudo busca investigar o comportamento da linhagem FEPS exposta a agentes com estes mesmos alvos celulares. Para isto, a linhagem FEPS foi exposta à radiação UVA e ao H2O2, seu principal produto. Ambos causam danos oxidativos preferencialmente em membrana celular. FEPS também foi exposta à radiação UVB, que atinge preferencialmente o DNA. Alguns testes foram feitos com a linhagem não MDR K562, a qual se mostrou sensível a todas as doses de UVA imediatamente após a exposição (0h), exibindo redução proliferativa e de viabilidade celular. Enquanto a FEPS também apresentou inibição na proliferação, para todas as doses testadas (a partir de 24h) e nenhuma redução na viabilidade celular. Quanto às respostas ao H2O2, a linhagem K562 apresentou maior sensibilidade, mostrando queda de proliferação, a partir de 24h, para todas as concentrações, e redução da viabilidade celular nas maiores concentrações (30 e 40 mM). A linhagem FEPS foi mais resistente ao H2O2, mostrando queda na proliferação frente a estas mesmas concentrações, somente a partir de 48h e à concentração de 20 mM, após 96h. Também apresentou redução na viabilidade celular apenas na concentração de 40 mM, após 72h. Não houve indução de morte celular em FEPS, nem por apoptose, nem por necrose após 24 e 48h de exposição ao H2O2, bem como quaisquer aumentos na indução de ERO (após 24h). Entretanto sua resistência foi menor quando comparada aos resultados encontrados por outros autores para a linhagem Lucena, o que pode indicar diferenças nas estratégias antioxidantes entre as linhagens. Quanto às respostas à radiação UVB, ambas as linhagens mostraram-se sensíveis, mostrando citotoxicidade em todas as doses testadas, a partir de 24h. Foi verificada indução de morte celular principalmente por apoptose (após 24 e 48h), assim como elevados níveis de ERO (após 24h). Portanto, é possível sugerir que agentes que atinjam diretamente o DNA sejam capazes de transpor o fenótipo MDR, independente do alvo celular por onde a resistência tenha sido induzida. |