Caracterização do perfil de expressão e relação dos genes inflamatórios ALOX5 e COX2 com o fenótipo de resistência a múltiplas drogas em linhagens de Leucemia Mieloide Crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Salgado, Mariana Teixeira Santos Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8216
Resumo: A relação entre a inflamação e o câncer pode ser demostrada pela superexpressão das proteínas inflamatórias COX-2 e 5-LOX em diversos tumores. Assim, objetivamos caracterizar a relação entre os genes COX2 e ALOX5, bem como a ligação destes com o fenótipo de resistência a múltiplas drogas (MDR) em células eritroleucêmicas sensíveis (K562) e MDR (K562-Lucena e FEPS). Para modulação desses genes realizamos a inibição das proteínas COX-2 e 5-LOX através da exposição ao ácido acetilsalicílico (AAS) e Zileuton, respectivamente, seguido do ensaio de viabilidade celular por Azul de trypan e MTT. A modulação de ABCB1 foi avaliada em células silenciadas para esse gene. A expressão dos genes de interesse foi realizada por PCR-tempo real. A expressão proteica de ABCB1 foi avaliada por citometria, e sua atividade pelo ensaio Rho123 após a exposição ao AAS. A interação do inibidor e do produto de COX-2 com ABCB1 foi realizada pelo docking molecular. A inibição de 5-LOX não alterou a proliferação celular da linhagem K562, porém induziu um aumento na expressão de ALOX5. A linhagem celular FEPS foi mais sensível ao AAS que K562-Lucena na viabilidade celular. A inibição de COX-2 aumentou a expressão gênica de COX2 e ABCB1 nas duas linhagens MDR, e diminuiu a expressão de ALOX5 na linhagem FEPS. A inibição de COX-2 estimulou a expressão proteica de ABCB1, e a atividade dessa proteína de efluxo foi alterada pelo tratamento imediato com AAS. Os níveis de óxido nítrico basais das linhagens eritroleucêmicas foram baixos e não diferiram entre si. Verificamos que a modulação de COX2 pela exposição ao AAS foi capaz de alterar a expressão gênica e proteica de ABCB1, bem como a modulação ABCB1 foi acompanhada por uma alteração na expressão de COX2. Além disso, ABCB1 pode estar atuando na regulação de ALOX5 por via independente da alteração de COX2. Assim, caracterizamos um perfil de relação entre ALOX5 e COX2 via ABCB1, evidenciando a relação entre MDR e a inflamação.