Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Fernanda Teixeira |
Orientador(a): |
Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/29939
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Resumo: |
Esta tese apresenta uma pesquisa sobre as ações empreendidas pelo empresariado articulado no âmbito do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais de São Paulo. Ao longo da década de 1960, o IPÊS funcionou com um dispositivo fundamental de organização dos interesses da elite orgânica transnacional. O Instituto foi organizado pioneiramente no Rio de Janeiro e em São Paulo, regiões que dividiram a direção da entidade que se expandiu pelo país. O IPÊS aglutinou uma série de categorias sociais, a saber, militares, empresários, acadêmicos, religiosos, entre outros. No caso do IPÊS-SP, o empresariado ligado ao capital privado norte-americano foi o elemento preponderante na organização das ações e atividades que culminaram no golpe civil-militar de 1964. Nos anos 1960, diante do amadurecimento político do empresariado, o IPÊS se constituiu como um partido articulador da ação política empresarial. Se, por um lado, as ações ipêsianas visavam a “Conquista do Estado” e a implementação de um projeto consonante com interesses transnacionais, por outro lado, para legitimar tais demandas como hegemônicas no âmbito da sociedade civil e aptas para ocuparem a sociedade política, houve a necessidade um amplo e profundo trabalho voltado para o convencimento dos “pares” e da sociedade em geral. Para tal, o anticomunismo foi um aspecto fundamental. Dessa forma, a presente análise objetiva compreender a construção de um consenso anticomunista pedagógico e saneador, entre 1961-1964, por parte dos empresários paulistas articulados no IPÊS-SP. Pedagógico ao estabelecer estratégias de doutrinação e de “manipulação da opinião pública”, saneador no que concerne à defesa do expurgo de um amplo espectro político que enquadravam como “esquerda”, seja através do fortalecimento de um ideário anticomunista ou do apoio direto às políticas e ações repressivas. |