Filiação partidária em movimento : o fenômeno da adesão e migração dos filiados no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guedon, Philippe Chaves
Orientador(a): Vilarouca, Márcio Grijó
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/30276
Resumo: A presente tese busca investigar o fenômeno da filiação partidária a partir da análise do caso do Estado do Rio de Janeiro. Objetiva-se, de um modo geral, identificar o panorama da filiação em nível estadual, e contribuir para a apresentação de um fenômeno específico desse processo, que é a migração dos filiados. Já há literatura consolidada na Ciência Política brasileira sobre a migração parlamentar, atestando os incentivos institucionais para a sua ocorrência e os efeitos advindos desse processo. No entanto, os dados apresentados nesta tese evidenciam um cenário ainda mais abrangente de migração, não restrito às elites políticas. Essa mudança entre partidos é discutida de duas formas distintas; inicialmente trabalhando com os dados administrativos do Tribunal Superior Eleitoral, de forma quantitativa e, posteriormente, a partir de entrevistas em profundidade realizadas com filiados migrantes. Em termos de resultado, aponta-se para a centralidade do calendário eleitoral municipal para os fenômenos da filiação e migração partidária. Além disso, destaca-se também que os incentivos para a mudança de partido em relação às bases partidárias distinguem-se daqueles discutidos pela literatura sobre migração parlamentar. Encontram-se, entre os filiados, especialmente considerações sobre cálculos racionais em torno de ganhos políticos-eleitorais, força das nominatas e organizações partidárias, como argumentos acerca da capacidade de atração dos Prefeitos e da coalizão vencedora nas eleições municipais. Os dados, quantitativos e qualitativos, são tratados sempre referenciando as diferenças entre portes de município e ideologia das legendas, de modo a abarcar uma multiplicidade de caminhos que esses cálculos podem levar. Se já há algum consenso de que a filiação partidária é um fenômeno multidimensional, a partir desta tese pode-se dizer o mesmo da sua migração.