Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Daniel Valente Soares dos |
Orientador(a): |
Teixeira, Liliane Reis,
Laurentis, Ariane Leites |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34365
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Resumo: |
No âmbito da saúde ocupacional, as exposições a agentes químicos recebem cada vez mais atenção. Pela análise de bioindicadores, se faz possível identificar e quantificar substâncias nocivas à saúde e seus efeitos. Trabalhadores de postos de revenda de combustíveis veiculares (PRCV) estão expostos a uma mistura de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) proveniente da gasolina, e nesta mistura encontra-se o benzeno, composto hematotóxico e carcinogênico, sem níveis seguros no ambiente, fato que corrobora para a importância de ações em vigilância ocupacional nesta área. O presente estudo avaliou os efeitos genotóxicos, através do teste de Aberrações cromossômicas (ACs), de uma exposição ocupacional aos vapores de gasolina em frentistas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O projeto central foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Ensp/Fiocruz (CAAE 17438013.5.0000.5240, parecer 434.418). 39 trabalhadores de seis PRCV da área programática 5.3 (bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba) responderam a dois questionários sobre fatores socioeconômicos, processo de trabalho e histórico de saúde; amostras de sangue e urina foram coletadas para determinação de hemograma, análises bioquímicas, ACs e ácido trans,trans-mucônico urinário (ATTM). Os voluntários não apresentaram histórico de doenças de possível associação com a exposição, assim os resultados de hemograma e bioquímica, em valores médios, ficaram dentro das faixas de normalidade. Os processos de trabalho e hábitos dos trabalhadores foram avaliados e não apresentaram relação com as ACs. A avaliação do ATTM por teste ANOVA apresentou relação com o hábito de fumar (diferença média de 0,22 mg/g creatinina; p < 0,05), e o valor elevado condiz com a literatura. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em quantidade de quebras cromossômicas por metáfase em relação aos seis PRCV avaliados, para fumantes (p < 0,03) e não fumantes (p = 0,05). Demais comparações não apresentaram significância. Os resultados sugerem que o teste de ACs não deve ser utilizado de forma isolada para avaliar exposições a baixas doses de benzeno por sua inespecificidade, mas ainda representa uma ferramenta útil na avaliação de dano precoce à saúde humana. |