Exposiçäo ocupacional a solventes orgânicos em trabalhadores de laboratórios e efeitos genotóxicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Martins, Deolinda Izumida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-21012021-153732/
Resumo: O trabalho em laboratórios químicos, clínicos e toxicológicos, vem sendo relacionado ao desenvolvimento de diversos efeitos nocivos à saúde, incluindo os reprodutivos e de desenvolvimento de tumores. Embora não sejam consideradas como único mecanismo de ação, as alterações genotóxicas decorrentes da exposição a substâncias como solventes em laboratórios estão entre as prováveis causas destes efeitos. A característica da exposição nestes locais, a saber, grande diversidade de compostos a baixas concentrações e baixa freqüência, dificulta a avaliação das exposições e do risco associado a elas. O presente trabalho tem como objetivo estimar a exposição ocupacional a solventes orgânicos em trabalhadores de laboratórios e avaliar danos genotóxicos nos indivíduos expostos. Um grupo exposto composto de 23 trabalhadores de laboratórios e um grupo não-exposto de 22 trabalhadores de escritório foram avaliados. Determinações qualitativas e quantitativas dos solventes nos ambientes dos laboratórios foram realizadas por meio de amostragem passiva, sendo encontrado uma diversidade de solventes em cada amostra analisada (média de 5 solventes por amostra) em concentrações geralmente baixas (Índices de Exposição abaixo de 0,5). Os efeitos genotóxicos foram avaliados por meio do teste citogenético do Micronúcleo (MN) em linfócitos de sangue periférico de 21 indivíduos expostos e 22 indivíduos não-expostos, pareados por idade, gênero e hábito de fumar. Foi utilizado o método do micronúcleo com bloqueio da citocinese por meio de Citocalasina B. A freqüência de MN foi verificada em 1.000 células binucleadas, sendo encontrada uma diferença significativa nas freqüências de MN nos trabalhadores de laboratório (4,7 MN/1000 binucleadas) quando comparada a dos não-expostos (1,9 MN/1000 binucleadas), de acordo com o teste do Qui-quadrado (&#967;2=28,91l; 1 grau de liberdade; P < 0,0001).