Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Oscar Rafael Carmo |
Orientador(a): |
Araujo, Natalia Motta de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28091
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Resumo: |
O carcinoma hepatocelular (CHC) é o segundo tipo de câncer mais letal no mundo. Os principais agentes etiológicos para o CHC são os vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV). A hepatocarcinogênese é um processo de múltiplas etapas afetado por fatores genéticos e epigenéticos. O papel de diferentes genes, como GSTT1, GSTM1, TP53, MDM2, RASSF1A e DOK1, tem sido avaliado nesse processo. Estudos tem observado a associação de polimorfismos genéticos e da hipermetilação de regiões promotoras de genes com o desenvolvimento do CHC. Entretanto, poucos estudos analisaram pacientes brasileiros até o momento. Os objetivos deste estudo foram avaliar se a ocorrência de polimorfismos genéticos e da hipermetilação de DNA estão associados à progressão da doença hepática e o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes brasileiros com hepatite crônica. Os polimorfirmos GSTT1 nulo (deleção), GSTM1 nulo (deleção), TP53 R72P (rs1042522) e MDM2 T309G (rs2279744) foram genotipados por PCR multiplex ou PCR seguida por análise do polimorfismo dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) em 190 pacientes (60 com CHC, 83 com cirrose e 47 com apenas hepatite crônica) Os níveis de metilação dos promotores dos genes RASSF1A e DOK1 foram medidos por pirosequenciamento de DNA extraído de 41 amostras de tecidos de fígado conservadas em parafina (20 de CHC, 9 de cirrose e 12 de hepatite crônica), após tratamento com bisulfito de sódio e amplificação das regiões específicas por PCR. Nossos resultados demostraram que a ocorrência do genótipo polimórfico nulo para o gene GSTT1, em pacientes crônicos para a hepatite C, está associado à progressão da doença hepática para cirrose e indiretamente ao desenvolvimento de CHC (p = 0,032). Observamos também que a ocorrência do perfil genotípico simultâneo GSTT1 nulo e TP53 Pro/Pro, o perfil genotípico simultâneo GSTM1 nulo e TP53 Arg/Arg, além do perfil genotípico simultâneo GSTM1 nulo, MDM2 T/T e TP53 Arg/Arg, em pacientes crônicos para a hepatite C, estão associados ao desenvolvimento de CHC (p < 0,050). Além disso, os níveis de metilação de DNA nos promotores dos genes DOK1 e RASSF1A, em tecido hepático, foram associados a progressão da doença hepática, sendo encontrados níveis baixos em tecidos não cirróticos, intermediários em tecidos cirróticos e elevados em tecidos de CHC. Este é um estudo pioneiro no Brasil e contribui para a identificação de fatores genéticos e epigenéticos que poderão ser utilizados futuramente para a seleção de pacientes com hepatite crônica em alto risco para o desenvolvimento do CHC. |