Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Sara de Souza |
Orientador(a): |
Codeço, Cláudia Torres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18240
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Resumo: |
O Aedes aegypti é um artrópode amplamente disseminado no mundo e responsável pela transmissão de doenças de grande importância epidemiológica, especialmente em países de clima mais quente. No Brasil, epidemias de doenças transmitidas por este vetor, como a dengue, têm causado impacto na saúde pública e levado as autoridades a aumentar as medidas de monitoramento e controle entomológico. Este estudo objetivou caracterizar o programa de monitoramento por ovitrampas da infestação do mosquito Ae. aegypti, do município do Rio de Janeiro, entre fevereiro de 2013 e setembro de 2015. O trabalho também visou analisar a associação entre os índices de infestação (índice de densidade de ovos, IDO e índice de positividade de ovitrampas, IPO) desse vetor, obtidos através dessas armadilhas, e a variação da temperatura nas Áreas Programáticas de Saúde (APSs) e Regiões Administrativas (RAs), bem como a associação entre a incidência de casos notificados de dengue e tais índices de infestação nas APSs da cidade, através de Modelos Lineares Generalizados. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que o programa de monitoramento apresentou boas taxas de eclosão dos ovos coletados (68 por cento), alta especificidade das armadilhas na captura da espécie Ae. aegpyti (92 por cento) e poucas perdas de armadilhas (4 por cento, em média). Foi encontrada associação positiva entre o aumento dos índices de infestação e a temperatura, sendo que a temperatura mínima, defasada em uma semana em relação a data da coleta dos índices, foi a que melhor explicou o aumento da média de ovos (IDO), enquanto o aumento da positividade de ovitrampas (IPO) foi melhor esclarecido pela temperatura mínima com defasagem de duas semanas. Foram encontrados ainda, resultados positivos na associação entre incidência de dengue e IDO/IPO do mês anterior, quando controlados para outras variáveis. Esses achados são condizentes com a literatura que aborda o assunto, e evidenciam a importância do monitoramento de Ae. aegyptipor ovitrampas na construção de um sistema de alerta precoce para dengue e outras doenças transmitidas por esse vetor. Em trabalhos futuros, sugere-se a validação dos modelos apresentados em cima de dados de outras cidades que possuam programas de monitoramento semelhantes há mais tempo. |