Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Amanda Cupertino de |
Orientador(a): |
Ferreira, Álvaro Gil Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
s.n.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60298
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Resumo: |
Os arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes vetores que podem causar doenças como dengue, febre amarela, Zika e chikungunya. A epidemiologia desses vírus depende de fatores como densidade populacional, aumento da circulação de pessoas, presença de vetores e sua competência vetorial. No Brasil, uma das arboviroses de maior impacto na saúde pública é a dengue, que é endêmica e ocorre em epidemias intercaladas com transmissão contínua. Além disso, nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado a rápida disseminação do vírus chikungunya (CHIKV), que tem originado vários surtos desde sua detecção inicial em 2014. A transmissão ocorre principalmente por mosquitos urbanos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti considerado o vetor principal dessas duas arboviroses no Brasil. Como a capacidade vetorial do mosquito varia de acordo com vários fatores, este estudo avaliou a competência vetorial de diferentes populações do mosquito Ae. aegypti capturados em cinco cidades brasileiras. Para isso, foram utilizados vírus recentemente isolados no Brasil para verificar a suscetibilidade à infecção, disseminação e transmissão desses dois arbovírus (DENV e CHIKV). O estudo começou com a coleta de ovos por meio de armadilhas ovitrampas. Após o estabelecimento das populações em laboratório, foi realizado o repasto sanguíneo em camundongos AG129 infectados com um dos vírus. Utilizando a técnica de RT-qPCR para avaliar a presença e quantidade de vírus, foi observado que todas as populações de mosquitos expostas ao CHIKV- ECSA, apresentaram altas taxas de infecção, eficiência de disseminação e alta eficiência na transmissão para um hospedeiro vertebrado. Essa eficiência de transmissão pode explicar a rápida expansão e aumento de casos dessa doença nos últimos anos, bem como a alta prevalência do CHIKV-ECSA em relação à linhagem africana. Para o DENV-1, também foram observadas altas taxas de infecção e disseminação nas populações brasileiras. Em conjunto, esses resultados demonstram a alta capacidade das populações brasileiras de Ae. aegypti em transmitir tanto CHIKV-ECSA como DENV-1. No entanto, mais estudos com outros genótipos de vírus e outras espécies de vetores, como o Aedes albopictus, são necessários para compreender a importância do vetor na ecologia e epidemiologia desses vírus |