Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Junghans, Miriam Elvira |
Orientador(a): |
Kury, Lorelai Brilhante |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50373
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Resumo: |
A tese examina, no âmbito da história social das ciências, a carreira científica do viajante naturalista prussiano Friedrich Sellow (1789-1831), que percorreu parte do território brasileiro e a então província Cisplatina entre 1814 e 1831. Um dos muitos naturalistas e coletores que passaram a explorar o Brasil nas décadas iniciais do século XIX, Sellow é dos menos estudados pela historiografia. As razões para isso estão estreitamente ligadas a sua trajetória de vida, ao fato de não ter publicado e ao destino que tiveram seus documentos e coleções, em sua maior parte sob a guarda de instituições estrangeiras. Recuperando parte dessa documentação e associando-a ao material existente no Brasil, a tese entende o trabalho realizado por Sellow como um projeto humboldtiano, que se desenvolveu paulatinamente ao longo da sua formação na Europa e de suas viagens. Como a viagem de Alexander von Humboldt à América, a vinda de Sellow ao Brasil foi um empreendimento independente, financiado posteriormente pelos governos brasileiro e prussiano. Como outros viajantes da época, Sellow coletou materiais de botânica, zoologia e mineralogia e manteve um diário de campo, com informações minuciosas sobre inúmeras variáveis do mundo natural. A grande ênfase nos estudos de geognosia, no entanto, o aproxima, uma vez mais, dos trabalhos desenvolvidos por Humboldt. Outra vertente de seus trabalhos foram os desenhos, particularmente de paisagens e tipos humanos, estes, em especial, notáveis expressões de sensibilidade. Ao planejar seus itinerários pelo Brasil, Sellow pretendia percorrer o subcontinente sul-americano num corte transversal, do Uruguai aos Andes, que se conectaria aos trabalhos feitos por Humboldt nas regiões equinociais do Novo Mundo. |