O Programa Mais Médicos no Amazonas: um olhar sobre a força de trabalho médica e a infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Diego Ferreira Lima
Orientador(a): Machado, Maria Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24058
Resumo: Com o aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família – ESF – ao longo dos anos, especialmente nos municípios em regiões com maiores desigualdades socioeconômicas, a ESF consolidou-se como estratégia prioritária de organização de Atenção Básica. Deste modo, a ESF ampliou de forma significativa a distribuição dos médicos pelo território nacional e constitui um dos exemplos mais bem sucedidos de expansão da cobertura de médicos no território nacional. No entanto a escassez de profissionais de saúde, em especial do profissional médico, faz-se evidente em nosso país. O Programa Mais Médicos foi lançado em 2013, como mais uma estratégia a fim de consolidar a Atenção Básica, atuando em 3 grandes eixos: (1) Provimento emergencial de médicos na Atenção Básica; (2) Ampliação e qualificação da formação médica; e (3) Ampliação e melhoria da infraestrutura na Rede Básica. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o PMM a partir do componente “ampliação e melhorias da infraestrutura da Rede Básica do SUS”. Esta avaliação foi feita por meio da análise das condições de infraestrutura de Unidades Básicas de Saúde com médicos do PMM no estado do Amazonas, tendo como fonte principal os dados secundários obtidos através do relatório de primeira visita de supervisão disponível no Webportfólio-UNASUS. Os resultados obtidos nesta pesquisa nos permitem registrar que o Amazonas apresentava no período do estudo, 435 médicos, 2,9% do total de vagas ativas do PMM, distribuídos em 61 municípios, ao longo de 6 ciclos, elevando o número de equipes implantas em 27%. O estudo nos mostra que 91,5% desses médicos são intercambistas, de 16 nacionalidades, sendo 80,7% Cubanos, predominantemente do sexo masculino, 57%, com reconhecida experiência. Entre os supervisores foram contabilizados 39 profissionais, predominantemente homens (69,2%), 66% apresentam pós-graduação, com destaque a Residência de Família e Comunidade, em grande maioria residentes na capital Manaus. Quanto à estrutura física, observou-se que 80,87%, da UBSs apresentaram avaliação por parte dos médicos do PMM como “adequada”. Quanto aos materiais e recursos, observamos uma média 45% de quantidade e qualidade “adequadas”, melhor avaliação, onde 14 das 26 variáveis analisadas nessa dimensão apresentam-se acima da média. Em relação aos medicamentos, observa-se 46% classificações como “quantidade e abastecimento regular”, no qual visualizamos que 7 das 10 variáveis estão acima dessa média. Pudemos também evidenciar que as regiões Médio Amazonas, Triângulo e Juruá concentraram melhores avaliações ao longo das variáveis analisadas.