Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Passos, Débora Moura. |
Orientador(a): |
Medina, Maria Guadalupe |
Banca de defesa: |
Almeida, Patty Fidelis de,
Pinto, Isabela Cardoso de Matos,
Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33988
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Resumo: |
O Programa Mais Médicos (PMM), criado em 2013, possui como um dos eixos a provisão emergencial de médicos e fortalecimento dos serviços na Atenção Primária à Saúde (APS). Através do Programa mais de 18 mil médicos estavam inseridos na Estratégia Saúde da Família em 2015, dos quais 11 mil eram cubanos. Alguns estudos apontaram diversas mudanças nas práticas das equipes de saúde da família que incorporaram médicos do PMM. Entretanto, são poucos os estudos que investigaram, especificamente, as práticas dos médicos cubanos, considerando sua formação generalista com ênfase na APS e sua influência na equipe de saúde da família. Diante disso, o presente estudo tomou como objeto a possível influência do médico cubano no desenvolvimento das práticas dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no contexto do Programa Mais Médicos. A pesquisa teve como suporte teórico-metodológico a Teoria do Processo de Trabalho em Saúde, proposta por Mendes-Gonçalves, que embasou a definição das categorias analíticas como agentes, objeto, tecnologias, atividades e relações. Foi realizado um estudo comparativo de casos com um nível de análise, desenvolvido no âmbito da Estratégia Saúde da Família, com duas equipes, sendo que uma aderiu ao PMM e recebeu médica cubana e outra equipe não aderiu. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com duas médicas, uma enfermeira, duas técnicas de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, bem como foram observados as práticas e o processo de trabalho desses profissionais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Os resultados apontaram que a formação médica cubana se diferencia da formação brasileira pela ênfase na medicina generalista, com aproximação ao conteúdo da atenção primária desde o primeiro semestre do curso, de forma teórica e prática. Quanto ao processo de trabalho, a equipe ESF-PMM, quando comparada à equipe ESF, apresentou maior desenvolvimento das práticas referentes à territorialização, análise da situação de saúde, planejamento local, educação em saúde, ações intersetoriais, ações de controle de determinantes e vigilância epidemiológica e ações voltadas para os indivíduos e famílias. Concluiu-se que a inserção do médico cubano na equipe de saúde pode ter influenciado no desenvolvimento de práticas mais expressivas e no modo diferenciado de executá-las, uma vez que esse profissional com formação generalista valoriza o trabalho na ESF e reconhece a necessidade de desenvolver práticas sanitárias baseadas no território e no vínculo profissional-usuário. |