Ação humanitária e saúde mental: a recepção de migrantes e refugiados venezuelanos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Lima, Mariana Reis de Souza
• Orientador(a): Campos, Roberta de Freitas
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56544

Esta dissertaçãotem por objetivoanalisar a relação entre as organizações internacionais com atividades de apoio em saúde mental e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da cidade de Boa Vista, no âmbito da resposta humanitária a refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil, entre 2019 e 2021.O trabalho apresenta três artigos, sendo os dois primeiros uma revisão de literatura, que associam os conceitos de Ação Humanitária e Direito à Saúde, e Saúde Mental e Migração Forçada, respectivamente, e o terceiro é um estudo de caso com metodologia quali-quanti. Os resultados são que este fluxo migratório impactou a RAPS ao trazer novas demandas em saúde mental.Em contextos de migração forçada, o risco do adoecimento mental atrelado a aspectos psicossociais é evidenciado pela literatura. Açõesdas organizações internacionaiscomo capacitação em saúde mental e apoio psicossocial para profissionais locais e apoio para estruturação do fluxo de matriciamento foram citadas como estratégias de impacto positivo no fortalecimento da rede local. Mais familiaridade de gestores e profissionais humanitários com a temática de saúde metal é necessária para aumentar estratégias que promovem bem estar e mitigar aquelas que impactam negativamente a população atendida, assim como ações de cooperação para o desenvolvimentodevemacontecer em paralelo à resposta emergencial,a fim de fortalecer as capacidades locais e beneficiara todos, inclusive, a população não migrante.