Atividade física e aptidão cardiorrespiratória entre professores universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santana, Jaqueline de Oliveira
Orientador(a): Peixoto, Sérgio William Viana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: s.n.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58203
Resumo: Este estudo objetivou: a) verificar os fatores associados à inatividade física (IF), avaliado pela taxa de equivalentes metabólicos (MET), entre professores universitários e b) verificar os fatores associados à Aptidão Cardiorrespiratória (AC), avaliada de forma objetiva, na mesma população. Trata-se de um estudo seccional, com amostra probabilística de 163 (70,3%) trabalhadores com vínculo empregatício na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A inatividade física foi definida pelo gasto energético em atividades físicas inferior a 450 MET.min/semana, obtido por questionário padronizado. A AC foi avaliada pelo consumo máximo de oxigênio, medido de forma direta em exame físico, sendo considerado “baixa AC” os professores no tercil inferior dessa medida. Foram pesquisadas associações entre o SE e as variáveis idade, sexo, estado civil, tabagismo, consumo excessivo de álcool, percepção da saúde e do estresse, presença de diabetes, hipertensão, lombalgia, depressão, doenças do coração, consumo de frutas e verduras, consumo de gordura não saudável, refrigerante e sal; e entre a AC e idade, sexo, glicemia, triglicérides, colesterol LDL e HDL, proteína C-reativa, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura e atividade física. Essas associações foram avaliadas, considerando o ajuste por fatores de confusão, pela regressão de Poisson, com variância robusta, obtendo-se as razões de prevalências e respectivos intervalos de confiança (95%), para o desfecho SE; e pela estimativa dos odds ratio e respectivos intervalos de confiança (95%), para a variável dependente AC. Entre os participantes, 30,7% (IC95%: 24,0% - 38,3%) eram inativos fisicamente, grupo que apresentou menor consumo de frutas e verduras, maior consumo de álcool e pior percepção da saúde. Observou-se ainda que menores níveis de AC eram mais frequentes entre as mulheres, os mais velhos, com maiores valores de IMC e maior chance de serem sedentários. Em geral, os resultados mostram que: a) a inatividade física está associada a um maior perfil de risco para DCNT, e b) o IMC se apresenta como importante fator na determinação da AC, além da prática de atividade física. Os resultados mostram a atividade física como um importante foco das medidas de intervenção, visando ao controle do excesso de peso e o consequente aumento da AC, podendo levar a melhoria da saúde desse grupo e de sua capacidade para o trabalho.