Associação da atividade física organizada, aptidão cardiorrespiratória e qualidade do sono com indicadores de saúde mental de crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fochesatto, Camila Felin
Orientador(a): Gaya, Anelise Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181829
Resumo: Os objetivos desse estudo foram verificar as associações entre atividade física (AF) organizada fora da escola, aptidão cardiorrespiratória (APCR) e qualidade do sono com os indicadores de saúde mental em crianças e verificar se a AF organizada fora da escola ou a APCR eram moderadores da relação entre a qualidade do sono com os indicadores de saúde mental. É um estudo de corte transversal, desenvolvido em 232 crianças (118 meninos e 114 meninas) de uma escola de ensino fundamental da rede estadual da cidade de Porto Alegre - RS, selecionada por conveniência. A saúde mental foi avaliada através do Strengths and Difficulties Questionnaire, respondido pelos pais. A AF organizada fora da escola e qualidade do sono também foram reportados pelos pais, através de perguntas de uma anamnese. A APCR foi avaliada através do teste de corrida e caminhada de 6 minutos. Como covariáveis, o nível socioeconômico (NSE) foi verificado através de uma adaptação do questionário da ABEP, além do sexo e idade (indicados pelos pais). Para análise de dados utilizou-se estatística descritiva, regressão linear generalizada, correlação e análises de moderação. Os resultados indicaram que, nos meninos, a AF organizada fora da escola apresentou associação com o total de dificuldades (β= 2,691; p= 0,03) e sintomas emocionais (β= 1,528; p< 0,001). A APCR relacionou-se com o total de dificuldades (β= -0,013; p< 0,001), hiperatividade/déficit de atenção (β= -0,006; p< 0,001) e problemas de relacionamento com colegas (β= -0,002; p< 0,001). Nas meninas, houveram associações entre o NSE com o total de dificuldades (β= 2,783; p= 0,03) e hiperatividade/déficit de atenção (β= 1,245; p= 0,01), além da idade com os problemas de conduta (β= -0,136; p< 0,001). A qualidade do sono apresentou associação com total de dificuldades (r= -0,45; p< 0,001), sintomas emocionais (r= - 0,31; p= 0,001), problemas de conduta (r= -0,29; p= 0,001), hiperatividade/déficit de atenção (r= -0,43; p< 0,001), e os problemas de relacionamento com colegas (r= - 0,25; p< 0,001), nos meninos. Já nas meninas a qualidade do sono associou-se com o total de dificuldades (r= -0,27; p< 0,001), sintomas emocionais (r= -0,18; p= 0,05), e problemas de conduta (r= -0,25; p= 0,01). A AF organizada fora da escola e APCR não foram moderadoras da relação entre a qualidade do sono e os indicadores de saúde mental. Diante das associações, conclui-se que crianças que mantém hábitos saudáveis como dormir bem, praticar AF organizada fora da escola e ter bons níveis de APCR, apresentam melhores níveis de saúde mental.