O uso de máscaras faciais : efeito sobre os níveis de aptidão cardiorrespiratória, na percepção subjetiva de esforço e na opinião de escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Selmo, Carolina Correia
Orientador(a): Gaya, Adroaldo Cezar Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256268
Resumo: Objetivo geral: Verificar o efeito do uso de máscaras faciais no desempenho da aptidão cardiorrespiratória, na percepção subjetiva de esforço e observar a opinião dos alunos sobre seu uso nas aulas de Educação Física. Objetivos específicos: Analisar o efeito do uso de máscaras no desempenho dos alunos em testes de aptidão cardiorrespiratória; analisar o efeito do uso de máscaras entre diferentes grupos da amostra (sexo, idade, saúde em relação ao IMC, prática de atividades físicas no contraturno escolar); descrever como os alunos percebem subjetivamente seu uso quando praticam atividades físicas moderadas a vigorosas; descrever a opinião das crianças quanto ao uso de máscaras na realização das atividades propostas nas aulas de Educação Física. Metodologia: Trata-se de um quase-experimento com abordagem mista. População: 170 alunos, entre nove e dez anos, meninos e meninas, matriculados no 4° e 5° ano do ensino fundamental de uma escola municipal, pertencente ao município de Garopaba-Sc. Amostras: A amostra é voluntária e conta com 111 escolares na etapa quantitativa e 134 na etapa qualitativa. Técnicas e instrumentos de coleta: Teste de corrida/caminhada de seis minutos; Teste de velocidade em 20 metros; Escala de Percepção de Esforço EPEC; Entrevista debatendo a adaptação ao uso de máscaras durante as aulas de Educação Física. Análise dos dados: Os dados da porção quantitativa deste estudo foram analisados com o software IBM SPSS versão 20.0 e apresentadas em médias, desvios padrão e erro padrão das médias. A estatística inferencial foi realizada através do teste T de Student pareado e a magnitude de efeito, assumido o nível de significância de 95%, foi realizada através do teste D de Cohen. Na porção qualitativa do estudo, as respostas às entrevistas foram interpretadas e divididas em categorias através de análise de conteúdo. Resultados: A média do teste de corrida/caminhada de 6 minutos com máscara foi de 688,8 (DP±117,35) metros e sem máscara foi de 780,6 (DP±146,83) metros, evidenciando diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre as médias nos testes com e sem a máscara. O poder de efeito (effect size) das máscaras sobre o teste apresentou magnitude moderada (0,75). Quanto à percepção de esforço, o valor com máscaras foi de 4,1(DP±0,87), e o valor sem máscaras foi de 3,6(DP±1,12). Foi encontrada diferença estatística (p<0,05), com efeito das máscaras sobre a percepção de esforço em média a pequena magnitude (0,51). No teste de corrida em 20 metros, a média dos testes com máscaras ficou em 4,24(DP±0,63) segundos e sem máscaras, foi de 4,33(DP±0,53) segundos. Neste teste, não foi evidenciada diferença estatisticamente significativa (p>0,05). Por fim, as respostas às entrevistas demonstraram que 62,7% dos estudantes preferem realizar as atividades propostas nas aulas de educação física sem máscara e 37,3% afirmaram preferir realizar as aulas com máscara, em virtude da pandemia de Covid-19. Para preferir não usar a máscara, a justificativa da maioria dos escolares foi falta de ar (dispneia), mal-estar, tontura, calor ou coceira. Para preferir utilizar máscara durante as aulas, os alunos afirmaram ter medo de pegar ou transmitir a doença e preferiram continuar usando até tomarem a vacina.