Associação entre marcadores biológicos e os graus de fibrose hepática na esquistossomose mansônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barreto, Ana Virgínia Matos Sá
Orientador(a): Morais, Clarice Neuenschwander Lins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10421
Resumo: A fibrose periportal (FPP) é a maior consequência patológica da infecção pelo Schistosoma mansoni. Seu diagnóstico é realizado através da ultrassonografia (USG), mas por apresentar algumas limitações, marcadores biológicos têm sido propostos para diagnosticar a fibrose. Porém, ainda não foi proposto um índice biológico para a detecção da fibrose na esquistossomose. Com o objetivo de estabelecer uma associação entre marcadores biológicos com a FPP, este estudo se propôs a construir um índice biológico (IB) para predizer a fibrose em pacientes esquistossomóticos. Para isso, foram selecionados 120 pacientes e aferidos os marcadores: bioquímicos [transaminases (AST e ALT), gama-glutamil transferase (gama-GT), fosfatase alcalina (FA) e ácido hialurônico (AH)], citocinas (IFN-gama, TNF-alfa, TGF-beta e IL-13] e número de plaquetas. A USG foi empregada para detectar e categorizar a fibrose usando a classificação de Niamey. Os níveis séricos dos marcadores bioquímicos e o número de plaquetas foram determinados em aparelho automatizado, com exceção do AH que foi por método imunofluorimétrico e as citocinas por ensaio imuno-enzimático. A USG revelou 20 pacientes sem FPP, 50 com FPP moderada e 50 com FPP avançada. A análise multivariada mostrou que FA e plaquetas foram os preditores de fibrose independentes, formando o IB¹. E que AH e TGF-beta foram os marcadores independentes para predizer a FPP avançada, formando o IB². Os IB¹ e IB² apresentaram área abaixo da curva ROC de 0,828 e 0,967, respectivamente. Usando-se valores abaixo do menor ou acima do maior ponto de corte, a predição da ausência ou presença de FPP pôde ser feita em 49,2 por cento dos pacientes. Com valor preditivo negativo (VPN) de 50 por cento para excluir a fibrose e valor preditivo positivo (VPP) de 97,8 por cento para definir a FPP. A predição da ausência ou presença de FPP avançada pôde ser feita em 71 por cento dos pacientes. Com VPN de 94,7 por cento para excluir a FPP avançada e com VPP de 97,1 por cento para definir a fibrose avançada. Nossos resultados sugerem que os IBs têm potencial para serem utilizados no diagnóstico da presença e gravidade da FPP, após confirmação através do processo de validação (AU)