Estudo de biomarcadores para morbidade e acompanhamento pós-terapêutico em pacientes com Esquistossomose mansoni

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barreto, Ana Virgínia Matos Sá
Orientador(a): Morais, Clarice N. Lins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28963
Resumo: A fibrose periportal é considerada um sinal patognomônico da esquistossomose e desencadeia a evolução para as formas graves. O estudo de biomarcadores envolvidos na fibrose da doença visa identificar e validar marcadores como novos métodos de diagnóstico da morbidade e avaliação de critério de cura. Objetivamos estudar biomarcadores para predição da fibrose e acompanhamento pós-terapêutico em população de área endêmica para a esquistossomose. 379 pacientes foram avaliados pela US para classificação da fibrose, dos quais 41 (10,8%) foram identificados sem fibrose, 292 (77%) com fibrose leve à moderada e 46 (12,2%) com fibrose avançada para validação do Coutinho-index. Foram dosados fosfatase alcalina (FA) e plaquetas para aplicação do índice, com a fórmula FA(/LSN)/plaquetasx100. Um cut-off de >0,228 com uma área sob a curva ROC de 0,55, sensibilidade 68,2% e especificidade 46,3%, para predizer a presença de fibrose. O índice mostrou ausência de fibrose em 46,3% dos pacientes sem fibrose e em 71,6% dos diagnosticados com fibrose moderada e avançada na US. Para confirmar a fibrose avançada, um cut-off de >0,326; área sob a curva ROC de 0,70, sensibilidade 65,2% e especificidade 73,1%, identificando em 65,2% dos pacientes na US. Para os biomarcadores moleculares, em 12 indivíduos positivos para Schistosoma mansoni e sem tratamento foi verificada a expressão de microRNAs (miR-182 e miR-10a). 3 (25%) pacientes foram identificados sem fibrose e 9 (75%) com fibrose. Foram analisados antes, 30, 90 e 180 dias após o tratamento com praziquantel. Uma correlação positiva entre a carga parasitária e a expressão de miR-182 (r=0,72; p=0,01) foi observada e o aumento da expressão de miR-10a após o tratamento (p=0,04). Os resultados apresentam o Coutinhoindex como potencial candidato para predição da fibrose periportal na triagem de pacientes crônicos em áreas endêmicas e o estudo do envolvimento de miRNAs na esquistossomose contribui para a elucidação dos mecanismos de progressão da doença.