Desafios para integração da saúde mental na atenção primária: matriciamento como ferramenta estratégica para a rede de saúde mental em um município de Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Adilson José da
Orientador(a): Carvalho, Maria Cecília de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48537
Resumo: Considerando que ainda é baixa integração entre as redes de atenção primária e de sa-úde mental em nosso país (Brasil), que isso traz consequências negativas importantes no a-companhamento dos pacientes portadores de sofrimento psíquico, entendendo ser fundamen-tal que se compreenda como estão articulados os elementos do cuidado das duas realidades. Este trabalho tem como objetivo geral discutir o cenário de integração da saúde mental (SM) na atenção primária à saúde (APS) com ênfase para o matriciamento no município de São Sebastião Alagoas. Para isso, procurou se compreender o desenho da rede de SM na realida-de do município, buscando descrever o cenário da SM e identificar as particularidades do ma-triciamento no município. Realizou se um estudo de caso através do levantamento de infor-mações sobre a rede de saúde do município. As entrevistas foram analisadas utilizando a aná-lise de conteúdo a partir de três categorias de análise: organização e desenvolvimento das a-ções de matriciamento; abordagem do sofrimento psíquico na atenção primária e a integração do cuidado e formação e qualificação profissional. Desse modo, observa se que o desenho da rede do município contempla poucos serviços substitutivos previstos no modelo psicossocial; há muita fragmentação e pouca efetividade no processo de apoio matricial, mesmo havendo sucesso em algumas ações e boa vontade dos profissionais; observa se que o NASF faz uma cobertura mais efetiva, pois faz a busca ativa das demandas no território, o CAPS ocupa um lugar de ambulatório de SM. Ainda não existe no município um alinhamento de todos os pontos assistenciais para o mesmo propósito. Os profissionais dos pontos de cuidado (NASF, CAPS, ESF) entrevistados não conseguiram falar de um paciente em comum, do qual, utili-zando os equipamentos de cuidados, ajudaram, em algum momento, no enfretamento do so-frimento psíquico. Permitindo concluir que o município precisa desenvolver mecanismos para melhorar e fortalecer a integração do cuidado em SM; a partir do que foi observado, constru-ímos uma matriz individual de ações para o apoio ao matriciamento, essa matriz permitirá uma visão panorâmica do itinerário seguido e/ou proposto pelo/para o usuário na rede de cui-dados, possibilitando um planejamento terapêutico e indicando os equipamentos da rede de cuidados que ele está utilizando ou poderá utilizar.