Avaliação da imunização de hamsters com plasmídeos que codificam componentes salivares de Lutzomiya longipalpis (LJM19) e/ou antígeno parasitário parasitário (KMP11) contra a infecção com Leishmania chagasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Robson Amaro Augusto da
Orientador(a): Brodskyn, Claudia Ida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34022
Resumo: Hamsters têm sido utilizados como modelos experimentais visando compreender os mecanismos de respostas imunes contra espécies de Leishmania do complexo donovani. Estes modelos são capazes de reproduzir muitas das manifestações clínicas da leishmaniose visceral humana. Estudos recentes demonstraram que a imunização de hamsters com plasmídeos codificantes para proteínas salivares (LJM19) de Lutzomyia longipalpis, vetor de L. chagasi, bem como antígenos parasitários (KMPl1) protege hamsters contra um desafio letal com Leishmania chagasi. Neste trabalho, hamsters foram utilizados para avaliar o efeito protetor contra uma infecção por L. chagasi utilizando imunização com os plasmídeos que codificam as proteínas LJM19 e KMP11 administrados em conjunto. A imunização com os plasmídeos induziu a produção de IFN-y nos linfonodos drenantes do local das imunizações quando os animais foram avaliados 7, 14 e 21 dias após a última imunização. Uma vez imunizados e desafiados com L. chagasi mais saliva do vetor, os animais mostraram maiores relações IFN-y/IL-10 e IFN-y/TGF-β nos linfonodos drenantes quando mensuradas 7 e 14 dias após o desafio. Quando avaliados 2 e 5 meses após o desafio, os animais imunizados mostraram menores cargas parasitárias no baço e no fígado e maiores relações IFN-y/IL-10 e IFN- y/TGF-β no baço 2 meses após o desafio. Além disso, os hamsters imunizados apresentaram maior conservação da arquitetura histológica do baço e do fígado nos tempos avaliados e não desenvolveram distúrbios hematológicos quando comparados com animais controles sadios. Contudo, efeito protetor adicional pela imunização com os diferentes plasmídeos administrados em conjunto não foi observado em relação às imunizações com os plasmídeos separados. Comparações entre rotas de administração de plasmídeos foram estudadas utilizando as vias intradérmica e intramuscular. Os grupos de animais que receberam a imunização intradérmica apresentaram uma proteção mais prolongada quando comparados aos animais imunizados intramuscularmente. Estes resultados mostram que apesar da combinação de plasmídeos não induzir maior proteção que os plasmídeos separados, a via de imunização intradérmica pode conferir uma proteção mais duradoura quando comparada com a imunização pela via intramuscular.