Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Giacomin, Karla Cristina |
Orientador(a): |
Costa, Maria Fernanda Furtado Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34266
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Resumo: |
Em um contexto de envelhecimento populacional, prevenir a incapacidade é um dos papéis cardinais da saúde pública. O objetivo geral desta tese foi investigar este fenômeno entre idosos residentes na comunidade em suas pesquisas. Os objetivos do primeiro estudo foram determinar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, MG, Brasil. O modelo teórico adotado foi baseado em características predisponentes (sócio-demográficas), fatores extra-individuais (apoio social, uso de serviços de saúde) e intra-individuais (condições de saúde). Participaram do estudo 1.786 idosos (≥ 60 anos) selecionados por meio de amostra probabilística. A variável dependente foi a incapacidade funcional, definida como leve ou moderada (alguma dificuldade) e grave (total dependência) para realizar atividades da vida diária. A prevalência da incapacidade foi de 16% (8% leve e 8% grave). Idade e pior auto-avaliação da saúde apresentaram associações positivas e independentes com ambos os níveis de incapacidade. Hipertensão e artrite apresentaram associações com incapacidade leve ou moderada, enquanto diabetes e derrame apresentaram associações com incapacidade grave. Associação negativa com incapacidade grave foi observada para visita de amigos nos últimos trinta dias. Esses resultados mostram que as condições crônicas associadas à incapacidade na população estudada são passíveis de prevenção e que o apoio social externo à família é menor em idosos com incapacidade grave. A segunda pesquisa teve por finalidade apresentar a tradução para o português e a adaptação cultural de um instrumento de medida da avaliação funcional – o SMAF - elaborado para uso clínico e em populações idosas; bem como avaliar a confiabilidade intra e inter-observador desta versão, entre idosos participantes da nona onda de seguimento da coorte de Bambuí. foram feitas a tradução e retro-tradução e adaptação transcultural por tradutores bilíngues, cujo resultado foi analisado por um grupo de especialistas e pelos autores do instrumento. Antes da aplicação do instrumento a equipe de pesquisadores brasileiros e os entrevistadores foram treinados com o apoio de pesquisadores canadenses. Foi conduzido um pré-teste com 10 idosos da comunidade, com diferentes graus de incapacidade. Na fase de teste, participaram 89 idosos sorteados aleatoriamente para serem submetidos à aplicação integral do SMAF por quatro entrevistadores. Os idosos foram avaliados, nos seus domicílios, pelo mesmo entrevistador (teste-reteste; n=46), um a semana depois, ou por entrevistadores diferentes (inter-avaliadores; n=43), com intervalo de 24 horas. O coeficiente de correlação intra-classe (ICC) e o alfa de Cronbach foram usados para a análise estatística. Globalmente, os ICC foram 0,94 (IC 95% 0,90 - 0,97) para dois avaliadores diferentes e 0,99 (IC 95% 0,98-0,99) quando o mesmo entrevistador reavaliou o idoso com intervalo de 1 semana. A análise da consistência interna dessa versão do SMAF resultou em um alfa de Cronbach de 0,95. No presente estudo, o desempenho da versão em português do SMAF foi excelente em todas as dimensões consideradas, quando aplicado pelo mesmo ou por avaliadores diferentes. A versão traduzida do SMAF acrescenta à saúde pública brasileira um instrumento válido e confiável para avaliar a incapacidade na população idosa. |