Saúde do solo e estoque de carbono em áreas com sistemas integrados de produção no Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Maróstica, Maria Emilia Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-01112023-160015/
Resumo: Sistemas agrícolas cada vez mais intensificados e diversificados têm se destacado, pois viabilizam a produção de dois ou mais produtos agrícolas na mesma área e beneficiam diversos serviços ecossistêmicos devido a presença de uma maior diversidade de espécies de plantas dentro da unidade produtiva, afetando diretamente a saúde do solo. Além disso, a intensificação dos cultivos pode significar maiores aportes de C ao solo, contribuindo para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE), uma das principais metas globais de sustentabilidade. Portanto, o objetivo deste estudo avaliar e quantificar os impactos dos sistemas integrados na saúde do solo e mensurar os valores de estoque de carbono (COS) dentro desses sistemas, em áreas do Cerrado brasileiro. Foram selecionadas duas áreas de estudo, localizadas na região Sudeste, nos municípios de Prudente de Morais (MG) e Bambuí (MG), com 6 e 5 tratamentos em cada uma, respectivamente, contendo um estrato de vegetação nativa, pastagens melhoradas e degradadas, e sistemas integrados de cultivo. Em ambas, as coletas em cada tratamento foram realizadas a partir da alocação aleatória de 4 pontos amostrais nos sistemas solteiros, e nos sistemas que continham o componente florestal, foram coletadas 3 repetições por ponto amostral, totalizando 12 pontos, que foram feitos na entrelinha dos renques duplos, na projeção da copa do eucalipto e no meio da aleia. Amostras indeformadas e deformadas foram coletadas, nas seguintes profundidades: 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-50, 50-60, 60-70, 70-80, 80-90 e 90-100 cm. Tais amostras passaram por análises químicas (pH, P e K), físicas (densidade do solo) e biológicas (β-glicosidase, arilsulfatase e C total). A saúde do solo foi avaliada usando a ferramenta Soil Management Assessment Framework (SMAF). Os resultados revelaram a capacidade dos sistemas agrícolas integrados de manterem valores de estoque de C semelhantes, e até superiores aos valores encontrados na vegetação nativa do local. Em relação a saúde do solo, os índices calculados para a camada de 0-30 cm usando a SMAF, não diferiram de forma significativa entre si, porém foi possível observar que os maiores valores de ISS foram encontrados na vegetação nativa, em ambas as áreas experimentais, e os menores valores foram encontrados no ILPF 3, em Prudente de Morais, e na PD, em Bambuí. Contudo, este estudo foi importante no entendimento do potencial regional dos sistemas integrados, que demonstraram sua importância e a necessidade de incluí-los nas estratégias do Brasil visando a mitigação das mudanças climáticas e o atendimento de metas mundiais de redução das emissões de gases de efeito estufa.