Alterações na qualidade do solo induzidas pelo uso de ativador da microbiota em áreas cultivadas com soja e milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cardoso, Gabriela Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-08112022-103621/
Resumo: A crescente necessidade de atingir maiores produtividades das culturas com sustentabilidade, associado com os avanços no conhecimento sobre a biologia do solo, fizeram com que o mercado de produtos biológicos na agricultura esteja vivenciando um cenário de desenvolvimento e crescimento tanto no número de produtos, quanto em sua utilização. A utilização de produtos biológicos na agricultura pode gerar uma série de benefícios à saúde do solo e à produtividade das culturas, no entanto estes efeitos necessitam ser melhor elucidados e validados nas diferentes regiões edafoclimáticas do Brasil. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar se o uso de produtos biológicos classificados como ativadores da microbiota do solo em áreas agrícolas estimularia a atividade dos organismos nativos do solo no curto prazo, impactando positivamente os indicadores químicos, físicos e biológicos do solo e consequentemente a qualidade do solo. Os experimentos foram conduzidos em 10 áreas localizadas nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Em cada área o experimento foi realizado em faixas experimentais com (C/A) e sem aplicação (S/A) dos ativadores da microbiota do solo em áreas produtoras de milho e soja. Em cada faixa experimental, foram alocados aleatoriamente quatro pontos amostrais e realizada as coletas de solo em duas profundidades (0-10 e 10-20 cm) e de solo rizosférico em cada um dos pontos, isto ao final do ciclo dos cultivos ou pós-colheita. Foram coletadas amostras indeformadas para avaliação da densidade e porosidade do solo, e deformadas para as análises laboratoriais de indicadores químicos, biológicos e textura do solo. As amostras de solo rizosférico passaram por análises químicas e biológicas. Os resultados demonstraram variações nas condições intrínsecas do solo nas diferentes regiões. De modo geral, a região Nordeste foi a única que não apresentou diferenças significativas em nenhum atributo químico. Os atributos que tiveram as alterações mais importantes foram MiP e MaP, contudo os valores de Pt não diferiram estatisticamente entre os tratamentos e dentro de cada profundidade. O solo rizosférico apresentou maior atividade de microrganismos (medido pela atividade da enzima betaglicosidase) do que o solo não rizosférico, porém não houve efeito do uso do ativador da microbiota. Portanto, foi possível concluir através desse estudo que o uso de ativadores da microbiota do solo praticamente não resultou em alterações detectáveis sob o ponto de vista químico, físico e biológico, e, portanto, não alterou a qualidade do solo no curto prazo em diferentes regiões do Brasil cultivadas com soja/milho. Recomenda-se que o monitoramento da qualidade do solo seja continuado nas próximas safras, para detectar eventuais alterações no mais longo prazo.