Efeito imunomodulatório e controle da infecção fúngica do extrato de alho (Allium sativum L.) em modelo murino de esporotricose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Burian, João Paulo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138189
Resumo: O alho (Allium sativum L.) é cultivado em todo o mundo como hortaliça condimentar e medicinal desde 3.000 a. C. A aliina (composto majoritário) e a alinase permanecem em compartimentos separados nos bulbilhos de alho, e somente quando cortados ou triturados, a aliina é convertida em alicina pela ação da alinase. A alicina é o principal componente do alho, sendo atribuída a ela a maior parte das suas atividades biológicas, dentre elas as ações bactericida, antifúngica e antiviral. Porém, outros compostos do alho apresentam atividade antioxidante, hipocolesterolemiante, vasodilatadora, ação protetora contra diversos tipos de câncer e imunomoduladora. Ante a invasão de patógenos, o sistema imunológico desencadeia respostas que envolvem células como macrófagos e linfócitos. Essa complexa interação entre células é coordenada pela liberação de citocinas e outros mediadores. A nutrição tem papel relevante na modulação da resposta imune e inflamatória em diferentes tipos de doenças. As infecções por fungos são causas importantes de morbidade e mortalidade no homem principalmente em indivíduos imunossuprimidos. O Sporothrix schenckii, agente causal da esporotricose (micose subcutânea mais comum na América Latina), é fungo dimórfico, de vida saprofítica no solo ou em vegetais, infectando homens e os animais principalmente através de lesões e arranhões na pele. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do consumo de alho na imunomodulação de camundongos Swiss saudáveis e infectados por S. schenckii, a partir do estado funcional dos macrófagos peritoneais desses animais quanto à produção de óxido nítrico e das citocinas (IL-1β, IL-10 e IL-12) e avaliar o potencial antifúngico do alho frente ao S. schenckii por meio de teste de concentração inibitória mínima e unidades formadoras de colônia. Os resultados demonstraram que o alho apresenta potencial antifúngico frente S. schenckii. A administração oral de extratos de alho influencia a liberação de citocinas por macrófagos ex vivo, o consumo regular apresenta efeito anti-inflamatório em animais sadios, e seu uso agudo pode gerar uma resposta inflamatória. Camundongos que consumiram alho responderam de forma mais efetiva ao combate da infecção.