Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Candido, Gisela de |
Orientador(a): |
Andrade, Carla Lourenço Tavares de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24735
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Resumo: |
Foi realizada análise sobre sífilis em gestantes no estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2007 a 2010. Os 78 municípios do Estado fizeram parte da avaliação e foram divididos em dois grupos: um formado por 44 municípios situados na faixa de fronteira e outro formado pelos 34 municípios restantes. A população do estudo foi composta por todas as gestantes com sífilis notificadas no SINAN no período avaliado. Mostrou-se que a maior parte dos casos notificados era proveniente da região compreendida pela faixa fronteiriça correspondendo 58,9% do total de casos (n=2029). A taxa de prevalência para a sífilis em gestante apresentada na faixa de fronteira região nos anos de 2008, 2009 e 2010 foi de 2,0%, 1,9% e 1,6%, respectivamente, sendo maior do que nos demais municípios no mesmo período e acima do esperado para a região Centro-Oeste. Com relação à cobertura de equipes de saúde da família, nos municípios do primeiro grupo os percentuais foram de 41,8% no primeiro ano de estudo, e 48,8% no último ano, enquanto que nos demais municípios os percentuais foram de 62,5% e 68,8%, respectivamente. A maior frequência de gestantes com sífilis está na faixa etária de 20 a 29 anos, mas na região da fronteira a faixa etária de 15 a 19 anos chama a atenção. Também se destaca nesse estudo a frequência de gestantes com sífilis pertencentes à raça indígena, que em 2007 foi a raça com maior frequência apresentando percentual de 36,4%. Embora quase 95% da população encontrem-se nesta região, representa apenas 6,5% da população de mulheres nesta área. Observou-se também que a variável tratamento do parceiro apresenta registros significativos no ano de 2010, com percentual de tratamento de 30,7% nos municípios da faixa de fronteira e 42,1% nos municípios restantes. As variáveis foram avaliadas quanto à completude e as que mais se destacaram quanto à ocorrência de caselas vazias ou preenchidas como ignoradas foram escolaridade, ocupação, classificação clínica e tratamento do parceiro. Verificou-se também, através do Reclink, que o SINAN apresentou percentual de subnotificação de 12,7% em relação às gestantes com sífilis existentes no banco de dados do IPED-APAE para o mesmo período. Conclui-se que a região de fronteira precisa ser vista de maneira diferenciada para que as estratégias que visam o controle da sífilis em gestante tenham resultados satisfatórios. |