Caracterização fenotípica de linfócitos T em crianças co-infectadas pelos vírus de imunodeficiência humana (HIV) e linfotrópico T humano tipo-1 (HTLV-1)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Amade, Nádia Alves
Orientador(a): Savino, Wilson, Jani, Ileshi Vinodrai
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18791
Resumo: O Vírus da Imunodificiência Humana tipo-1 (HIV) constitui uma das doenças infecciosas mais graves do mundo e particularmente em África onde mais de 2/3 de casos de todo o mundo foram reportados. Este cenário agrava-se na medida em que co-infecções possam surgir, tornando o sistema imune mais débil. O Vírus Linfotrópico da Células T Humanas (HTLV-1), tem sido implicado como frequente co-patogénese em regiões onde o HIV e HTLV são frequentes. A Influência do HTLV-1 na progressão da doença por HIV, está intimamente relaccionada, não apenas pelos eventos moleculares, mas também pelos seus poderes de induzirem activação celular. Contudo, os mecanismos pelo qual a activação crónica induzida pelo HTLV-1 pode potencialmente afectar a progressão para SIDA, em crianças, não está descrito. Neste estudo, analizamos o estado de activação de células T CD4 e T CD8 em crianças moçambicanas cronicamente infectadas por HIV-1, e estando em tratamento anti-retroviral (TARV). Para tal, analisamos as células apartir do sangue total dos pacientes co-infectados, mono-infectados (HIV) e controles não infectados por vírus (sadios). As células foram então marcadas com anticorpos específicos para as moléculas: CD4, CD8, CD25, CD45RA, CD45RO, CD38 e analisados por citometria de fluxo. Nossos resultados mostraram que nas crianças co-infectadas verifica-se uma expressão mais elevada do marcador CD25 e CD38, apesar de não se mostrarem estatisticamente significativos e um aumento no marcador CD45RO nos mesmo pacientes quando comparados com os mono-infectados e sadios. Concluindo, embora indivíduos co-infectados por HIV/HTLV- 1 apresentem contagens de células T CD4 elevados ou normais, estas células estão funcionalmente alteradas, apresentando níveis de activação celular elevados